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Guarda Suíça: uma missão de serviço para o Papa e para a Igreja

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 07-05-2018, Gaudium Press) Os 32 novos recrutas da Guarda Suíça Pontifícia prestaram juramento na tarde do último domingo, no Pátio de São Dámaso, no Vaticano .

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Na parte da manhã, membros da Guarda Suíça e seus familiares assistiram a solene missa presidida pelo Cardeal Parolin, também dentro das cerimônias de juramento ao Santo Padre.

Os 32 novos recrutas e seus familiares estiveram com o Papa Francisco na Sala Clementina, no Vaticano.

O Papa lhes deu as boas-vindas e lembrou-lhes as qualidades que devem demostrar:
“Viver com coerência a Fé católica; perseverar na amizade com Jesus e no amor à Igreja; ser alegres e diligentes nas grandes e nas pequenas e humildes tarefas diárias; valor e paciência, generosidade e solidariedade com todos”.

Cardeal Parolin

O Cardeal Parolin, Secretário de Estado do Vaticano, esteve presente na cerimônia de recepção dos novos recrutas e, recordando São Gregório Magno, disse aos novos Guardas:
“A sua missão é um testemunho, é um martírio da paciência e da fidelidade, nas ocupações de cada dia. E quando chegar os momentos de fadiga, com dificuldades e tentações, não esqueçam que para se tornar santos, ser amigos de Cristo, comporta uma verdadeira luta, um combate diário incessante”.

“Não nos contentemos de uma existência medíocre somos amigos de Cristo, tornemo-nos santos hoje”, e os santos nos testemunham que isso é possível, disse Parolin ao concluir.

O Juramento, a Cerimônia

O solene juramento dos novos Guardas deu-se no local tradicionalmente escolhido para isso: o Pátio São Dâmaso do Palácio Apostólico.

Eles juraram diante da bandeira do Corpo de Guardas Vaticano com a presença do Prefeito da Casa Pontifícia, o arcebispo D. Georg Gänswein e do assessor da Secretaria de Estado, Mons. Paolo Borgia. Não faltaram representantes das Autoridades Civis e da Igreja na Suíça.

“Juro servir com fidelidade, lealdade e honra, o Pontífice reinante, Francisco e os seus legítimos sucessores, dedicar-me com todas as forças, sacrificando, se necessário, também minha vida em sua defesa. Assumo os mesmos deveres para com o Colégio Cardinalício durante a vacância da Sé Apostólica. Prometo também respeito, fidelidade e obediência ao Comandante e aos outros Superiores. Assim juro, que Deus e nossos Santos Padroeiros me assistam”.

Este foi o texto repetido pelos novos Guardas do Papa depois de ser lido pelo capelão.

História de 500 de Fidelidade

No ano de 1506, chegaram ao Vaticano os primeiros guardas suíços vindos a Roma a pedido de Papa Júlio II.
Era o dia 22 de janeiro de 1506 quando os 150 suíços do Cantão Uri entraram sob o comando do capitão Kaspar von Silenen, pela primeira vez no Vaticano sendo, então, abençoados pelo Papa.

São mais de 500 anos de história e fidelidade da Guarda Suíça Pontifícia.

Na manhã de 6 de maio de 1527, enquanto os “lanzichenecchi”, soldados mercenários de infantaria recrutados pelas Legiões Alemãs do Sacro Império, invadiam o Borgo Santo Spirito e San Pietro em Roma.

A Guarda Suíça Pontifícia e as poucas tropas romanas, resistiam desesperadamente.

Dos 189 suíços em serviço salvaram-se apenas 42, ou seja, aqueles que no último momento, sob o comando de Hércules Goldli, tinham acompanhado o Papa Clemente VII no seu refúgio no Castel Sant’Angelo.

Mais Guardas

Em entrevista, o atual comandante da Guarda Suíça, Cristof Graf, anunciou o aumento do contingente do Corpo de Guarda.
Atualmente eles são 110, mas serão aumentados para 135 unidades, portanto, nos próximos meses estarão sendo selecionando novos aspirantes a recrutas. (JSG)

 

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