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Fortalecimento da união matrimonial: Conselhos de um Bispo

Espanha – San Sebastián (Terça-feira, 15-05-2018, Gaudium Press) Em palestra intitulada “A Cura dos Maus Hábitos no Matrimônio”, Dom José Ignacio Munilla, Bispo de San Sebastián, Espanha, expôs alguns maus hábitos que prejudicam gravemente o matrimônio e para cada um deles ofereceu uma cura e um conselho para colocar em prática, de forma que se possa fortalecer a família.

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O primeiro dos maus hábitos destacados pelo Bispo é o da crítica contínua que se manifesta nos matrimônios como um “estilo de expressão, expressar queixas em vez de ter pensamentos motivadores”. Enquanto os cristãos têm que buscar a santidade, a vida espiritual não se pode confundir com perfeccionismo. “Se pode ser Santo tendo defeitos, e precisamente para nos tornarmos Santos, Deus não nos faz perfeitos”. Para superar este vício, o Bispo pediu para recordar que, no matrimônio, “Deus colocou junto a mim a pessoa que necessito para minha santificação. Deus quer servir-se das virtudes e defeitos de meu cônjuge para ser Santo”.

Um segundo obstáculo à unidade das famílias é a divisão entre “o meu e o teu” e pediu para avançar em viver uma plena comunhão conjugal: “Somos de Deus e em Deus somos tudo um para o outro”, afirmou o prelado. “Não possuo propriedade, se o que eu tenho é de Deus já não há mais nem meu nem teu”. Outro dos vícios é adiar o bem-estar do matrimônio para tratar como única prioridade a educação dos filhos, diante da qual recomendou aos esposos trabalhar em sua união. As crianças, explicou, “necessitam de um pai e uma mãe que se amem muito, que lhes deem a maior lição da vocação, que é mostrar-lhes como nos amamos”.

O Bispo também aconselhou derrotar a tentação de dar apenas as sobras para o cônjuge, em vez de oferecer a plenitude do amor. “Um amor que não cresce é um amor enfermo”, expôs, acrescentando que os cristãos devem compreender “que a conversão não é um acontecimento do passado”. Outro dos vícios é guardar rancor e usar as feridas “como munição nas discussões”, o que constitui “algo que mina o matrimônio”. “O respeito é infundido pela autoridade moral, e ninguém tem mais autoridade moral do que aquele que perdoa”, propôs.

Dom Munilla também alertou sobre confiar mais em sentimentos do que em compromisso, uma vez que as emoções mudam e não podem ser um fundamento sólido. Em vez disso, o Bispo recomendou contemplar o amor crucificado de Jesus Cristo. Também advertiu sobre tomar decisões sem consultar, tentando a todo custo mudar a outra pessoa e planejar estratégias em caso de fracasso do matrimônio. Sobre este último vício, o Bispo indicou que “a mera apresentação do pensamento ou planejamento já é uma ferida com a qual não se deve brincar”.

Finalmente, o prelado advertiu contra o vício de esconder o compromisso conjugal na frente dos outros, o que põem em risco de graves tentações, e o consumo de pornografia. Este pecado foi qualificado como uma “bomba conectada ao matrimônio” e uma fonte de grave dependência. Finalmente advertiu contra o egoísmo, o que “é por sua própria natureza incompatível com o matrimônio, pelo que ser egoísta e estar casado é uma bomba”. O modelo para superar o egoísmo é a figura de Cristo que se revelou nas bodas de Caná como o “marido da humanidade”. (EPC)

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