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Em 2018 foram assassinados 40 missionários em todo mundo

Redação (Quarta-feira, 02-01-2019, Gaudium Press) Um relatório divulgado pela Agência Fides, órgão de informações das Obras Missionárias Pontifícias, apresentou os números sobre os missionários assassinados durante o ano de 2018. No total, foram assassinados no mundo 40 missionários, quase o dobro em relação ao ano anterior. Desses, 35 eram sacerdotes, 1 era seminarista e 4 eram leigos.

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Diferente dos últimos oito anos, quando o maior número de missionários assassinados ocorreu na América, em 2018 a África foi o continente que ficou em primeiro lugar nesta dramática classificação, sendo 21 o número de missionários mortos no continente (19 sacerdotes, 1 seminarista e 1 leiga). Na América o número de missionários mortos foi de 15 (12 sacerdotes e 3 leigos). A Ásia teve 3 sacerdotes assassinados. E a Europa apenas 1 sacerdote.

A Agência Fides, explica que em seu relatório não utiliza o termo ‘missionário’ apenas aos missionários ‘ad gentes’ em sentido estrito, mas a todos os batizados comprometidos na vida da Igreja, assassinados de forma violenta, não necessariamente por ódio a Fé, pois “o fazemos conscientes de que ‘em virtude do Batismo recebido, cada membro do Povo de Deus se converteu em discípulo missionário (cf. Mt 28,19). Cada um dos batizados, qualquer que seja sua função na Igreja e o grau de ilustração de sua Fé, é um agente evangelizador’ (EG 120)”.

Em 2018 também foram assassinados muitos missionários durante tentativas de sequestros ou roubo, realizados com grande ferocidade, em contextos de pobreza econômica e cultura, de degradação moral e ambiental, onde a violência e o desprezo pela vida são quase o habitual, onde a autoridade do estado não está presente ou se viu debilitada pela corrupção e os compromissos, ou onde a religião é instrumentalizada para outros fins.

“Em todas as latitudes do mundo, os sacerdotes, as religiosas e os leigos compartilham a vida cotidiana das pessoas comuns, levando consigo seu testemunho evangélico de amor e de serviço até todos, como sinal de esperança e de paz, tratando de aliviar o sofrimento dos mais débeis e alçando a voz em defesa de seus direitos pisoteados, denunciando a maldade e a injustiça. Chegando inclusive a permanecer em seus postos, por fidelidade a seu compromisso, apesar dos perigos, ante situações de grande risco para sua própria segurança e da advertência das autoridades civis ou de seus superiores”, concluiu o relatório. (EPC)

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