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Ordem dos Carmelitas Descalços promove dois congressos na Espanha

Espanha – Madri (Segunda-feira, 14-01-2019, Gaudium Press) Por ocasião dos 150 anos da restauração do Carmelo Descalço Masculino na Espanha, a Ordem dos Carmelitas Descalços no país europeu realizará neste ano de 2019 dois importantes congressos.

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O primeiro ocorrerá entre os dias 15 e 18 de janeiro em Ávila, e abordará a figura da Carmelita Descalça segundo o olhar de Santa Teresa de Jesus, que foi justamente a reformadora da Ordem; e aprofundará a situação que viveu o Carmelo após a exclaustração ocorrida no país europeu no ano de 1835; além da expansão da Ordem no continente americano.

O segundo congresso, que será de caráter internacional, será realizado entre os dias 29 de abril a 02 de maio em Larrea. Tal como detalha a Ordem do Carmelo Descalço, este afrontará, a partir do ponto de vista científico, a exclaustração a nível europeu e espanhol, como foi a reimplantação da Ordem a partir do Convento de Markina, assim como as figuras que intervieram no processo de unificação da Congregação e sua expansão pela América e Índia.

Exclaustração na Espanha

A exclaustração na Espanha se deu como consequência das revoltas liberais e motins que ocorreram no ano de 1835.

María Cristina de Borbón-Dos Sicilias, então regente do reino espanhol e viúva do rei Fernando VII, que havia falecido alguns anos antes, se viu obrigada a nomear à presidência do conselho de ministros a Juan Álvarez de Mendizábal, liberal e progressista, em cujo governo suprimiu as ordens religiosas apreendendo, com o desentendimento, numerosos bens da Igreja.

Como consequência da exclaustração muitas comunidades religiosas se viram debilitadas, outras, inclusive desapareceram na Espanha, como ocorreu com a Ordem do Carmelo Descalço Masculino.

O Padre Silverio, ODC, que é citado pelos Carmelitas Descalços da Província Ibérica, ao narrar como foi a fundação da comunidade de carmelitas em Medina del Campo, se refere a este período difícil para a Ordem e sua recuperação na povoação espanhola:

“Pouco a pouco se foi melhorando o convento, e se edificou a igreja. Medina apreciou aos Descalços e lhes poupou suas esmolas, até, mais adiante, poder sustentar colégio de Artes, chegando a formar uma biblioteca bastante rica, a julgar pelo catálogo que em 1754 fez dela o Padre Manuel de Santa Maria, a pedido do superior desta casa, Frei Manuel de São Pedro. Se perdeu o convento na exclaustração de 35, e passados muitos anos se converteu em fábrica de tecidos. Da igreja não resta nada (…) Com ele desapareceram também todas as demais comunidades que havia de varões, que não voltaram a se estabelecer mais. Nossos religiosos voltaram a Medina em 1891, edificando um convento junto à antiga igreja de Agostinianas Recoletas”. (EPC)

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