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"Não há drogas boas", afirmam Médicos Católicos Portugueses

Lisboa – Portugal (Segunda-feira, 14-01-2019, Gaudium Press) Em nota distribuída para a imprensa, a Associação dos Médicos Católicos Portugueses (AMCP) manifesta-se contra uma eventual legalização da canábis, vulgarmente conhecida como “maconha” e chama a atenção para os “problemas de ordem médica” que o uso desta droga pode causar.

A AMCP apela “ao bom senso e à responsabilidade política dos deputados” a propósito da discussão do Projeto de Lei 1050/XIII que trata da legalização da droga cannabis.

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Projeto de Legalização

O grupo de deputados denominado Bloco de Esquerda deve propor ao Parlamento Português a legalização da ‘maconha’ para “uso pessoal”.

Esses deputados defendem que a aprovação do Projeto de Lei 1050/XIII, “reduzirá o consumo de outras substâncias mais tóxicas e com mais consequências”.

Na quinta-feira. 17/01, este Projeto de Lei entra na pauta de discussão na Assembleia.

AMCP: não há drogas boas

De acordo com a Associação dos Médicos Católicos Portugueses, existem vários estudos científicos de diferentes áreas médicas que comprovam que o uso da canábis está associado e potencializa “alterações estruturais e funcionais no sistema nervoso central, com consequências nefastas para a saúde psíquica, e com riscos aumentados em casos de consumo prolongado ou desde idade precoce”.

Os Médicos Católicos afirmam que não há drogas boas: todas elas têm riscos para a saúde.
Essa afirmação contraria a ideia errada, que circula principalmente entre os mais jovens, de que o uso da “maconha” não causa dano.

“Por esse motivo, não se justifica que venha a ser aprovada uma legislação, no sentido do uso de qualquer droga para fins recreativos, pois o mais importante para a saúde pública é que esse consumo seja evitado”.

O Estado será cúmplice no aumento do consumo da “maconha”

Ainda a esse respeito, a Associação de Médicos considera que qualquer iniciativa política no sentido de legalizar a canábis para fins recreativos “não será uma medida eficaz para reduzir o seu consumo”, mas, pelo contrário, irá “levar a um aumento do número de pessoas que consumem esta droga”.

“A lei também tem uma função pedagógica, pelo que a legalização da canábis daria um sinal contraditório à sociedade, contribuindo para que muitos jovens e adolescentes desvalorizassem os riscos associados ao consumo desta droga, acabando por tornar o próprio Estado cúmplice em relação a esses danos e perigos”, afirmam os médicos em seu comunicado.

Soluções e ideologias

Os responsáveis públicos devem “implementar políticas, com base em conhecimentos científicos, e não inspiradas em ideologias”, dizem os Médicos Católicos.

A propósito da discussão deste Projeto de Lei, o Presidente da Ordem dos Médicos de Portugal, Dr. Miguel Guimarães, manifestou-se lembrando o impacto negativo que uma eventual legalização do uso da cannabis pode ter na saúde das pessoas. (JSG)

 

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