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JMJ: Conotação Mariana, Juventude, Problemas e Esperanças na América Latina

Cidade do Vaticano (Quinta-feira, 24-01-2019, Gaudium Press) O vice-presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina, o uruguaio Guzmán Carriquiry Lecour, falou ao Vatican News sobre a JMJ.

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Conotação mariana e análise de problemas

Para Carriquiry Lecour a viagem do Papa Francisco para o Panamá terá uma forte conotação mariana, seguindo o tema: “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra (Lc 1, 38)”.

Mas será também um momento para analisar as problemáticas e as prerrogativas da juventude centro-americana e de toda a região.

O vice-presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina, afirmou: “Apesar dos problemas, somos um continente jovem e por isso forte”.

Para ele, “ainda temos todo o potencial da energia dos jovens que, apesar de todos os nossos problemas, é uma fonte de esperança para o futuro dos povos latino-americanos. Esperança vivida nas grandes dificuldades.

Nas últimas décadas a América Latina teve um grande aumento da escolarização, hoje temos um número muito alto de jovens latino-americanos inscritos nas universidades.

Certamente o número de abandono escolar ainda é alto e fala-se de 20% de jovens latino-americanos que são definidos “nini”, ou seja, não estudam e não trabalham, vivem em uma situação de marginalidade e por isso de grande vulnerabilidade”.

Problemas da Juventude na América Latina

Carriquiry Lecour continua falando sobre os problemas da juventude na América Latina e afirma “as redes de narcotráfico se expandem por todos os lados tentando seduzir e atrair os jovens, para entrarem nestas redes criminosas cada vez mais violentas.

Este é um dos maiores problemas da América Latina de hoje”.

O vice-presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina, afirmou que “Gostaria de sublinhar um outro fenômeno que se está manifestando: um certo desencanto dos jovens pela política. A onda de corrupção vivida pelos países latino-americanos afasta os jovens da política; a política atual concentra-se cada vez mais em corporações, feita por políticos auto-referentes e tudo isso num contexto de grande crise de desestruturação dos partidos políticos tradicionais. Tudo isso não facilita a participação das novas gerações cristãs na política. É um problema muito sério, porque a América Latina precisa de uma reabilitação da política, da boa política”.

Os dois Panamás

Carriquiry falou também sobre os dois Panamás: “O arcebispo de Panamá teve a sinceridade, e também a coragem, de dizer que os peregrinos jovens e os bispos que chegarão ao Panamá, encontrarão dois Panamás: a Cidade do Panamá que se vê na saída do aeroporto, o Skyline de arranha-céus que parece uma pequena Manhattan e depois, saindo da capital e entrando no interior do país, muita pobreza e exclusão. Muitos jovens peregrinos, antes de chegar à Cidade do Panamá, serão hospedados pelas dioceses daquelas regiões, assim poderão apreciar os dois Panamás, mas também a hospitalidade, a generosidade, a solidariedade, o afeto demonstrado por todos os panamenhos”. (JSG)

 

 

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