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Educar pelos Mandamentos é algo de que já não se fala, diz bispo argentino

La Plata – Buenos Aires (Quinta-feira, 14-02-2019, Gaudium Press) O Arcebispo emérito de La Plata, Dom Héctor Aguer, afirmou que o cristão deve dar-se conta de que estamos vivendo em um mundo anticristão que fomenta os comportamentos anticristãos. Ele disse também que os Mandamentos da Lei de Deus nos recordam o esforço que temos que fazer para viver na graça de Deus alcançar a salvação.

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As palavras de Dom Hector foram ditas no programa semanal “Chaves para um Mundo Melhor”, no último sábado.

O Arcebispo começou explicando que “existe uma corrente na teologia moral que se detém em sua dimensão transcendental, ou seja, a moral se reduziria a este mandato: tem que fazer o bem e evitar o mal, tem que ser bons e não fazer mal a ninguém.

Os que assim pensam repudiam o fato de que dos Dez Mandamentos, sete estão formulados de maneira negativa, onde Deus nos proíbe fazer isto ou aquilo.

Assim está na Sagrada Escritura, no Antigo Testamento e também no Sermão da Montanha porque Jesus comenta os Mandamentos nesse momento e não só os comenta mas os agrava, aprofunda, os faz mais sérios, os faz mais exigentes ainda”.

“Quem pensa assim o fazem: como Deus que é tão bom nos proíbe fazer certas coisas?” 

O Prelado deu como exemplo o Sexto Mandamento que no antigo Testamento diz: “não cometerás adultério”, contudo Jesus logo diz: “o que olha para uma mulher desejando-a já cometeu adultério em seu coração”. Isto quer dizer que se vai para “um plano de maior intensidade, de maior exigência”.

Sexto Mandamento

Falando do sexto Mandamento, Dom Aguer perguntou só aos telespectadores que o acompanham nos sábados: sobre a fornicação ou a castidade ou o Sexto Mandamento?

Mais ainda: Alguma vez ouviram uma homilia sobre esse tema? Isso porque às vezes tem-se a impressão de que disso não se fala. E disso não se fala precisamente agora que quando deveria se falar hora que é quando haveria que se falar porque ali se julga um aspecto importante da vida cristã”.

O Arcebispo esclareceu:
“Eu não vou dizer que a castidade é a maior de todas as virtudes, porque a maior de todas as virtudes é a caridade. Não vou dizer que o Sexto Mandamento é o mais importante dos mandamentos, mas é um Mandamento da Lei de Deus”.

Dom Hector continuou com sua reflexão: “Vê-se que toda a cultura vigente é uma cultura fornicaria. A televisão, os entreveros de alguns artistas, dos modelos com os jogadores de futebol e tudo isso parece que esteja bem. Já não se fala de marido e mulher, de esposo e esposa, mas fala-se casais e ex-casais.

Vemos tantos feminicídios que ocorrem, continuou, que são terríveis, a maioria são cometidos por ex-casais. Vemos os filhos para cá e para lá puxados pela mãe, puxados pelo pai e vemos como se destruiu a família e tornou-se moda, digamos assim, o pecado contra o Sexto Mandamento como se isso nada importasse”.

“Aqui se joga algo muito grave, porque nós sabemos que muito bem que a castidade é uma virtude fundamental para sustentar as outras virtudes. Não se sustentam as outras virtudes em um homem destemperado. Aristóteles dizia que o pecado contra a castidade, a incontinência, é algo que desarma toda a pessoa e contradiz o carácter adulto do comportamento humano”.

Mundo anticristão

“O cristão, disse o prelado, tem que dar se conta de que estamos vivendo em mundo anticristão que fomenta os comportamentos anticristãos. E os Mandamentos da Lei de Deus nos lembram o esforço que temos que fazer para viver na graça de Deus e alcançar a salvação”.

“Quero insistir nisto precisamente porque distpo não se fala, e sem embargo tem-se que falar.

Alguns criticam e dizem que a Igreja no século XIX ocupava-se só como Sexto Mandamento e não da Justiça. Pode ser, mas agora ocupa-se da justiça e não se ocupa do Sexto Mandamento.

E os Mandamentos são dez. Jesus disse que “aquele que me ama cumpre os Mandamentos”, os seja que quem cumpre os Mandamentos é o que o ama’, concluiu. (JSG)

 

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