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Exemplo de Inocência e amor a Deus dos Pastorinhos, comenta Cardeal Marto

Fátima – Portugal (Quinta-feira, 21-02-2019, Gaudium Press) A Eucaristia da Festa Litúrgica dos Santos Francisco e Jacinta Marto, 20/02, na Basílica da Santíssima Trindade, no Santuário de Fátima, foi presidida pelo Cardeal D. António Marto, bispo da diocese de Leiria-Fátima.

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O prelado manifestou a sua alegria por estar vivendo este momento festivo e contou aos presentes que estando com o Papa Francisco comentou com ele que o número das visitas aos túmulos dos Santos Francisco e Jacinta havia triplicado depois da canonização dos Pastorinhos.

O Papa, então, disse a Dom Marto: “Sabes, num mundo ferido, as pessoas têm necessidade de buscar a inocência”.

O Mundo Ferido

“Este mundo ferido a que o Papa se refere, é nos dado a contemplar praticamente todos dias, quando nas telas da televisão ou nas primeiras páginas do jornais nos é oferecido, como espetáculo, a vastidão do mal no mundo, a força destruidora do pecado do mundo”, disse o bispo de Leiria-Fátima, e loo em seguida tratou das consequências que o mal deixa no mundo:

“A marca da dor e das feridas, nas pessoas, no corpo, na alma, e nas consciências tantas vezes feridas, ao ponto de já nem se distinguir o bem do mal, nas famílias tantas vezes divididas e às vezes ocultando a violência que está lá dentro, na sociedade marcada pela indiferença e pelo individualismo e egoísmo de cada um, nos povos dramas das guerras e os dramas dos refugiados que fogem à morte, à miséria e à fome”.

Mal que contagia os corações e mata a inocência

D. António Marto continuou ainda sua reflexão: “isto é de facto um espetáculo da vastidão do mal, força destruidora do pecado, que nos assusta e mete medo que leva tanta gente a perder a confiança na vida e, na bondade da vida, na ternura, que deve marcar a nossa vida e as nossas relações”.

“Este mal contagia o coração, e mata a inocência, e por isso nós fartos deste espetáculo, procuramos a inocência e é neste contexto que o Papa diz esta expressão”, reiterou o bispo para dizer que “as crianças são a voz desta inocência que faz bem a todos”.

Contemplar a Inocência nos Pastorinhos

Os Santos Pastorinhos “dão-nos a contemplar a inocência das crianças quando estão felizes e se sentem amadas”, mas são também “a voz da inocência, nos rostos tristes e lágrimas nos olhos, nas caravanas dos refugiados, muitas vezes sozinhos, muitas vezes a fugir sem o pai ou sem a mãe”.

Perda da inocência, da ternura, da santidade e a misericórdia

O prelado lembrou ainda que aos Santos Francisco e Jacinta Marto “foi-lhes dado contemplar, em visão, os infernos que os homens são capazes de construir, a monstruosidade do mal, a força destruidora do pecado”, que afligiam sobretudo Jacinta que se entristecia pela “perda da humanidade, perda da bondade, perda da ternura, perda da santidade, não só das pessoas mas do mundo”.

Por outro lado, “foi-lhes dado a contemplar a força curadora, sanadora e vitoriosa da misericórdia de Deus” disse ainda sublinhando que “foram testemunhas desta misericórdia que cura as feridas e as dores da humanidade”.

Eles transmitiram a inocência através do amor a Deus

Os mais jovens santos, não-mártires, da Igreja Católica “transmitiram esta inocência através do amor a Deus e do encanto por este amor santo misericordioso que os fascinou e os fez sentir imersos como numa luz”, disse Dom Marto antes de finalizar sua catequese:
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“Naquela disponibilidade dos pequeninos, para colaborarem com Deus na reparação dos estragos que o mal faz nos corações, nas relações e no mundo, através das suas orações e do seu sacrifício, do seu amor ao próximo e da partilha do pouco que tinham, que foram crianças normais, que procuraram viver o seu dia-a-dia como os pequenos e simples”. (JSG)

 

 

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