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Quaresma é tempo de pedir a graça da coerência e deixar de ser hipócrita, diz Papa

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 11-03-2019, Gaudium Press) Neste início de Quaresma está o momento oportuno para se comentar aspectos a que este tempo litúrgico nos conduz a cogitar e nos pedir para colocarmos em prática as conclusões que o Espírito Santo nos conduziu.

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Em recente homilia na Casa Santa Marta o Papa Francisco comentou um trecho tirado do livro do Profeta Isaías que nos inspira a tirar conclusões e nos convida a coloca-las em prática.
Como disse Francisco, nos conduz à coerência entre o formal e o real, entre a realidade e as aparências.

Diferença entre a realidade e a aparência: Hipocrisia

Para Francisco, na Quaresma deveríamos redescobrir a simplicidade das aparências através do exercício do jejum, da esmola e da oração. E os cristãos deveriam fazer penitência com alegria; deveriam ser generosos com quem se encontra na necessidade sem “tocar os tambores”; deveriam dirigir ao Pai de um modo quase que “escondido”, sem esperar a admiração dos outros:

“As pessoas que buscam as aparências jamais se reconhecem pecadores e se você disser a elas: ‘Mas você também é pecador!’ – ‘Mas sim, todos temos pecados!’, e relativizam tudo e voltam a se tornar justos. Buscam até aparecer com cara de santinhos: tudo aparência.

E quando existe esta diferença entre a realidade e a aparência que o Senhor usa um adjetivo: “Hipócrita”.

Tentação da hipocrisia

O Papa afirmou que na Quaresma, -tempo que nos conduz à Páscoa- é quando somos tentados pela hipocrisia, mas pode ser também ocasião para reconhecer as próprias incoerências, para identificar as camadas de maquiagem que escondem a realidade: o Senhor não pede hipocrisia, pede coerência.

Disse o Pontífice: “Muitos cristãos, mesmo católicos, que se dizem católicos praticantes, como exploram as pessoas! Como exploram os operários! Como os mandam para casa no início do verão para readmiti-los no final, de modo que não têm direito à aposentadoria, não têm direito de ir avante. E muitos deles se dizem católicos: vão à missa no domingo… mas agem assim.

E isso é pecado mortal!”

Beleza da simplicidade, da realidade, da coerência

Ainda em sua homilia na Missa da Casa Santa Marta, Francisco convidou os fiéis a redescobrirem a beleza da simplicidade, da realidade que “deve estar unida à aparência”.

E, por fim recomendou:

“Peça ao Senhor a força e vai humildemente avante, com aquilo que pode. Mas não maquie a alma, porque, se fizer isso, o Senhor não o irá reconhecer. Peçamos ao Senhor a graça de sermos coerentes, de não sermos vaidosos, de não aparecer mais dignos daquilo que somos. Peçamos esta graça nesta Quaresma: a coerência entre o formal e o real, entre a realidade e as aparências.(JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com informações Vatican News)

 

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