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Relíquias da Paixão serão expostas para veneração em igreja de São Paulo

São Paulo (Segunda-feira, 18-03-2019, Gaudium Press) No próximo dia 11 de abril, véspera da Semana Santa, a Paróquia Assunção de Nossa Senhora, localizada na Rua Alameda Lorena, 665A, Jardim Paulista em São Paulo (SP), acolherá, as seguintes relíquias da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo: a Coluna da Flagelação, a Coroa de Espinhos, a Santa Cruz, o Santo Cravo, o Título, a Esponja, a Lança Sagrada e o Santo Sudário.

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Na ocasião, o Padre Juarez de Castro presidirá uma Celebração Eucarística após a qual os fiéis poderão se aproximar das relíquias para preces privadas. Essas relíquias fazem parte do Oratorium Sanctus Ludovicus, custodiado Fábio Tucci Farah, especialista em relíquias da Arquidiocese de São Paulo, fundador e diretor do Departamento de Arqueologia Sacra da Academia Brasileira de Hagiologia (ABRHAGI), delegado no Brasil da International Crusade for Holy Relics (ICHR) e curador adjunto da Regalis Lipsanotheca.

Durante a apresentação das relíquias da Paixão de Cristo, Fábio Tucci Farah enfatizará o seu aspecto transcendental convidando os fiéis “a um percurso espiritual pela Via Sacra por meio das Relíquias da Paixão, ao lado de Nossa Senhora. Não testemunharão à distância o que ocorreu há quase dois mil anos. Serão, sim, espectadores privilegiados da história de nossa Salvação”.

Em entrevista à ACI Digital, Farah explicou que a data escolhida é chamada Semana das Dores, “tradicionalmente celebrada na semana que antecede a Semana Santa. Com origem na Ordem dos Servos de Maria, a lembrança das Sete Dores da Mãe de Deus se tornou devoção universal na Igreja sob o papado de Pio VII”.

O especialista em arqueologia sacra recordou que de acordo com a Tradição Católica, “o sofrimento da Mãe não terminou com a Ressurreição de Jesus. Nem com Sua Ascenção ao Céu. Em Jerusalém, Ela costumava percorrer, em lágrimas, o caminho da cruz, o caminho que Cristo havia marcado com Seu sangue”.

Farah defende que “a lembrança diária da via dolorosa de Cristo por Maria teria inspirado os primeiros cristãos a percorrerem o itinerário da Salvação, em Jerusalém” e, assim “originado a Via Sacra. Entretanto, a Via Sacra como conhecemos hoje, em todas as igrejas do mundo, ganharia forma mais de mil anos depois”.

“Durante as Cruzadas, espalharam-se pela Europa itinerários simbólicos da vida de Cristo, sobretudo de Sua Paixão. Era a única oportunidade de peregrinação a milhares de religiosos e leigos que não podiam empreender uma viagem cara e, sobretudo, perigosa ao Oriente. Por meio daquelas ‘vias sacras’, milhares de fiéis conseguiam acompanhar os passos de Nosso Senhor”, esclareceu.

O fundador e diretor do ABRHAGI destaca que, “se meras representações artísticas podiam fazer nossos antepassados testemunharem o episódio central de nossa Salvação, imagine do que uma relíquia não seria capaz. As Relíquias da Paixão participaram efetivamente da história de nossa Redenção. Mais do que uma peregrinação simbólica, essas relíquias nos arrebatam até Jerusalém, quase dois mil anos atrás. E nos colocam frente a frente com Jesus Cristo. Nesse caso – as relíquias são um sacramental -, basta que tenhamos Fé”. (EPC)

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