Arcebispo polonês destaca o importante papel dos leigos na Igreja
Polônia – Bialystok (Quarta-feira, 20-03-2019, Gaudium Press) O Arcebispo Metropolitano de Bialystok, Polônia, Dom Tadeusz Wojda, insistiu na importância dos leigos na vida da Igreja durante uma entrevista para a agência Kai. O prelado propôs trabalhar sobre uma consciência mais profunda da identidade dos leigos, que são na sua opinião “uma das principais prioridades pastorais da Igreja na Polônia”
“Na Polônia, está crescendo gradualmente a consciência de que os leigos não apenas ‘pertencem à Igreja’, mas que ‘eles são Igreja'”, comentou o Arcebispo. O prelado explicou que a intervenção do regime comunista sobre a vida da Igreja deixou um legado de distanciamento entre sacerdotes e leigos, por causa do costume soviético de introduzir infiltrados para tentar minar e controlar o apostolado. “Necessitamos assegurar uma cooperação muito melhor entre o clero e os leigos”, comentou.
No entanto, esclareceu que é muito importante buscar um “meio justo” neste trabalho conjunto para evitar que suceda na Polônia o que se registrou em alguns países da Europa, onde “os leigos se apoderaram de tudo na Igreja e, por sua vez, os sacerdotes tratam de adaptar-se ao máximo à vida ‘secular’, esquecendo sua autoridade espiritual”. O chamado do prelado busca potencializar ao “gigante espiritual” que constituem os multitudinários movimentos leigos da Polônia.
“Vejo que necessitamos um ‘novo Pentecostes’ para que possamos começar a atuar muito mais amplamente. E agora estamos nos preparando”, comentou o Arcebispo. “Surgiu a ideia de que isto fosse em uma vigília na véspera da Solenidade do Espírito Santo deste ano em Bialystok. Nos reuniremos diante da Catedral para manifestar esta fortaleza espiritual e para mostrar que a Igreja é forte”.
De igual maneira, a Arquidiocese começou a convocar aos movimentos leigos à participar em atividades diocesanas como a catequese para o sacramento da Confirmação para oferecer aos fiéis um contato com os carismas que são fruto do Espírito Santo. Também se convidou os movimentos a apresentarem seus carismas nos espaços radiofônicos da Arquidiocese de Bialystok e dar a conhecer suas atividades, o que permitiu aos fiéis participarem em numerosos retiros e jornadas de oração.
“É necessário dar forma à consciência dos leigos para que se sintam responsáveis da vida social”, insistiu o prelado. “Os espaços para a ação e a evangelização são enormes: o âmbito da cultura, a ciência, a educação, sem excluir a economia ou a política. E antes de tudo, a responsabilidade pela família e pela transmissão da Fé no lar”. (EPC)
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