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Papa: a confissão santifica o penitente e o confessor

Cidade do Vaticano (Sexta-Feira, 29-03-2019, Gaudium Press) Eu Audiência na manhã desta sexta-feira, 29 de março, o Papa recebeu cerca de 750 participantes do 30º Curso sobre Foro Interno que é promovido pelo Tribunal da Penitenciaria Apostólica. Na ocasião, transmitiu-lhes algumas considerações relativas ao sacramento da penitencia e reconciliação.

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Confissão: Santificar e Ser Santificado

“Queridos jovens sacerdotes, futuros sacerdotes e queridos penitenciários, exorto-vos a sempre a ouvir com grande generosidade as confissões dos fiéis, a percorrer com eles o caminho da santificação que é o Sacramento.

Contemplem os “milagres” de conversão que a graça opera no segredo do confessionário, milagres dos quais somente vocês e os anjos serão testemunhas. E que sobretudo vocês possam se santificar, no exercício humilde e fiel do ministério da Reconciliação”.

Importância do “ministério da misericórdia”

Francisco afirmou aos seus ouvintes, logo no início de suas considerações:

O “ministério da misericórdia” “justifica, exige e quase nos impõe uma adequada formação, para que o encontro com os fiéis que pedem o perdão de Deus seja sempre um encontro real de salvação, no qual o abraço do Senhor é percebido em toda a sua força, capaz de mudar, converter, curar e perdoar”. Por isso, continuou ele, “quão séria é a necessidade de formação e segurança, em relação a matérias tão importantes para a própria vida da Igreja e para o cumprimento da missão que o Senhor Jesus a ela confiou”.

Caminho de Santificação também para o confessor

Francisco, relembrando que a confissão é o caminho de santificação para o penitente e para o confessor disse aos participantes do Curso:

“E vocês, queridos jovens confessores, farão logo a experiência disto”.

“Para o penitente, é claramente caminho de santificação porque, como repetidamente enfatizado durante o recente Jubileu da Misericórdia, a absolvição sacramental, validamente celebrada, restaura a inocência batismal, a plena comunhão com Deus. Aquela comunhão que Deus nunca interrompe com o homem, mas a qual o homem às vezes se subtrai, fazendo mal-uso do estupendo dom da liberdade”.

Este sacramento é também caminho da santificação para os sacerdotes:

“Antes de tudo quando, humildemente, como todos os pecadores, nos ajoelhamos perante o confessor e imploramos por nós mesmos a Misericórdia divina. Recordemos sempre de sermos primeiro pecadores perdoados, e somente mais tarde, ministros do perdão”.

Milagres

Como confessores – enfatiza Francisco – “temos o privilégio de contemplar constantemente os “milagres” das conversões. Devemos sempre reconhecer a poderosa ação da graça, que é capaz de transformar o coração de pedra em coração de carne, de mudar um pecador que fugiu para longe em um filho arrependido que volta à casa do pai”.

Neste sentido, continuou Francisco, é importante a “formação para uma celebração reta e eficaz do Sacramento da Reconciliação, pressuposto indispensável para que dê frutos”:

“Isso para que cada confissão seja sempre um novo e definitivo passo em direção a uma santificação mais perfeita; um terno abraço, cheio de misericórdia, que contribui para expandir o Reino de Deus, Reino de amor, de verdade e paz”.

Segredo da Confissão

A Confissão “é um bem que a sabedoria da Igreja sempre salvaguardou com toda a sua força moral e jurídica com o segredo sacramental.
Isso, embora nem sempre entendido pela mentalidade moderna, é indispensável para a santidade do Sacramento e para a liberdade de consciência do penitente, o qual deve estar certo, em qualquer momento, que o colóquio sacramental permanecerá no segredo do confessionário, entre a própria consciência que se abre para a graça e Deus, com a necessária mediação do sacerdote”.

“O segredo sacramental é indispensável e nenhum poder humano tem jurisdição, nem pode reivindicá-lo sobre ele. “(JSG)

 

(Da Redação Gaudium Press, com informações Vatican News)

 

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