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Confessar-se: Caminho para sentir-se amado por Deus

Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 29-03-2019, Gaudium PressCEncerrou-se na manhã deste sexta-feira, 29 de Março, o 30º curso sobre o ‘Foro Interno’, promovido pela do Papa.

O 30º Curso sobre o Foro Interno, organizado pela Penitenciaria Apostólica iniciou-se no Palácio da Chancelaria, no dia 25 último e encerra-se nesta sexta-feira com a celebração penitencial presidida pelo Papa Francisco na Basílica Vaticana.

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“Queremos ajudar os padres a serem bons dispensadores de misericórdia”, diz Dom Krzysztof Josef Nykiel, Regente do Dicastério, em uma entrevista concedida à Vatican News. Quando perguntado sobre o significado deste curso, elerespondeu:

“O curso sobre o foro interno exprime o empenho profético da Penitenciaria Apostólica na formação de novos sacerdotes e dos seminaristas próximos à ordenação. Hoje mais do que nunca, de fato, aos ministros da misericórdia é pedido um adequado e atualizado preparo teológico, espiritual, pastoral e jurídico. Com esta iniciativa, queremos ajudar os sacerdotes a serem “bons dispensadores” de misericórdia, ótimos pedagogos que conduzam a Cristo! É uma atenção que constitui uma constante do magistério do Papa Francisco e o trigésimo aniversário do curso, bem como a participação de mais de setecentos alunos, são testemunho do crescente interesse que recebe.

Abordagem “concreta”, voltada para a correta administração da Reconciliação

Interrogado sobre quais tópicos tinham sido abordados neste 30º Curso, Dom Krzysztof Josef Nykiel afirmou:

“No curso foi privilegiada uma abordagem “concreta”, voltada à correta administração da Reconciliação e à solução de casos particularmente delicados que, no Sacramento, o confessor pode se deparar.

São ilustradas além disso, todas as informações necessárias para redigir e enviar as perguntas ou recursos à Penitenciaria Apostólica, para as matérias de sua competência.

Mas as lições não querem comunicar simplesmente noções de teologia e direito, mas antes de tudo fornecer aos confessores orientações válidas para acompanhar concretamente os fiéis com disponibilidade, solicitude e ternura paterna ao encontro com a misericórdia de Deus.

Seria maravilhoso se cada confissão fosse plenamente vivida como “uma graça extraordinária, um milagre permanente da ternura divina”, como o Papa recordou recentemente em seu encontro com o Clero de Roma.

Ajudar as pessoas a se abrirem à experiência do amor de Deus

Qual é o desafio pastoral que os confessores devem enfrentar hoje?

A esta pergunta do “Vatican News” o dirigente do Dicastério respondeu que “o grande desafio, hoje, é ajudar as pessoas a se abrirem à experiência do amor de Deus! Vivemos em um contexto que tenta se desfazer de Deus, em que o homem o percebe como antagonista de sua felicidade e, portanto, tenta se livrar dele, com a ilusão de ser capaz de fazê-lo, mesmo sem sua ajuda. Mas Deus não é o concorrente do homem, mas seu maior apoiador! E isso é experimentado toda vez que nos aproximamos do Sacramento da Reconciliação, quando cada um de nós sente ser amado incondicionalmente por Deus.”

Sacramento da Penitência e Santificação

Para concluir, o entrevistador solicitou ao Regente da Penitenciaria Apostólica que dissesse algo sobre o papel do Sacramento da Penitência no caminho da santidade…

E Dom Krzysztof Josef Nykiel atendeu o pedido com solicitude e clareza:
“Com a Exortação Apostólica Gaudete et Exsultate, o Santo Padre recorda a todos os fiéis que a santidade é a nossa verdadeira meta.

“Lendo atentamente o texto, descobre-se que o Sacramento da Penitência é um instrumento muito válido para sustentar o caminho dos crentes para a santidade.

“A confissão pode se tornar uma ajuda para nos levantar toda vez que caímos; o antídoto contra os venenos do neo-gnosticismo e do neo-pelagianismo; uma ferramenta para aumentar a humildade e, ao mesmo tempo, um canal de alegria para aquele filho que experimenta o abraço de ternura do Pai; pode ser também um lugar de verdade, que alimenta a memória agradecida pela própria história e do discernimento cotidiano.

“Redescobrimos, portanto, a confiança na misericórdia de Deus, aproximando-nos com frequência do Sacramento da Reconciliação, onde qualquer um que reconheça as suas culpas com um coração arrependido, pode experimentar a ternura do amor do Pai.

“Além disso, desejo recordar que a confissão sacramental é o caminho da santificação não somente para o penitente, mas também para o confessor, que tem a graça de contemplar diariamente os milagres das conversões que Deus realiza. ”  (JSG)

 

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