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Igreja é por natureza missionária, afirma presidente das Pontifícias Obras Missionárias (POM)

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 08-04-2019, Gaudium Press) “Como a Igreja é por natureza missionária, do mesmo modo a missão é eclesial por natureza” foi uma das afirmações do presidente das Pontifícias Obras Missionárias, POM que ainda reiterou que a missão “para nós cristãos batizados trata-se de testemunhar Jesus deixando que sua presença transpareça através de nós, a fim de que sua face seja revelada e acessível a todos os homens e mulheres”

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Estas afirmações de Dom Dal Toso foram feitas diante de trinta e três membros das direções nacionais das Pontifícias Obras Missionárias (POM) provenientes de 17 nações francófonas da África, América e Europa que participaram, em Roma, no Centro Internacional de Animação Missionária (CIAM), do Curso de formação em vista do Mês Missionário Extraordinário de outubro próximo.

O Curso Organizado pelos Secretariados internacionais das POM e do CIAM, o curso foi realizado entre os dias 1º e 6 de abril, tendo sido inaugurado pelo presidente das Pontifícias Obras Missionárias, Dom Giampietro Dal Toso, que realizou uma ampla explanação teológica sobre o tema “A missão da Igreja e as POM”.

“Missão”, mandato missionário hoje

O arcebispo Dal Toso propôs duas interrogações no início de seu pronunciamento:

“Por que a Igreja é missionária? O que significa, hoje, missão?”.

Para o prelado destacou, o mandato missionário vem de Jesus mesmo, ao término de sua existência terrena:

“Portanto, continua sendo uma prioridade absoluta para todos os batizados, vez que fazem parte da Igreja. A missão de evangelização que a Igreja recebeu de Cristo é chamada a tomar forma no tempo e no espaço, num lugar concreto, para alcançar populações concretas, seres humanos visíveis e palpáveis”, disse.

POM a serviço da missão

“Esse é o coração da nossa missão enquanto POM”, sublinhou Dom Dal Toso, que em seguida se deteve na descrição dos “serviços” das POM.

Resumindo, ele disse que as quatro POM constituem “uma rede mundial a serviço do Santo Padre para apoiar a missão e as Igrejas através da oração e da caridade”.

Ele recordou que num vídeo recente “o Papa mesmo afirma que as POM são importantes, mas não muito conhecidas”.
“Isto é também a minha experiência pessoal”, comentou o arcebispo.

5 campos das Pontifícias Obras Missionárias

Dom Dal Toso recordou os fins específicos para os quais as POM foram instituídas, seus fundadores, as referências do magistério missionário, ilustrando sua estrutura e carisma.

O presidente das POM evidenciou cinco campos de suas atividades em nível nacional: manter o espírito missionário vivo através da animação e a formação missionária; encorajar a oração; cultivar a formação missionária; favorecer a coleta, em particular, para o Dia Mundial das Missões; e colaborar com a Agência Fides, órgão de informação das POM.

“Duas realidades distintas, mas não separadas”

Em seu pronunciamento, o arcebispo se deteve sobre alguns princípios teológicos que fundamentam o trabalho missionário.

Partindo da “Igreja como sacramento” e das várias imagens oferecidas pela Constituição conciliar Lumen gentium, o prelado passou à relação entre Igreja local e Igreja universal, unidas pelo mandato missionário: “duas realidades distintas, mas não separadas”, como as POM, que por sua vez são universais e locais.

O terceiro horizonte teológico tratou da relação entre fé e missão ad gentes.

Por fim, a união entre o batismo e o envio, que é o tema do Mês Missionário Extraordinário de outubro próximo.

Batizados e enviados

“O Santo Padre escolheu este tema que compreende os elementos essenciais a ser levados em consideração no planejamento e realização desta iniciativa. Batizados e enviados: no batismo recebemos a vida divina, graça ao qual somos profetas, ou seja, anunciadores do mistério de Cristo, enviados por Ele”, disse Dom Dal Toso.

O Cristo que nos envia é também o conteúdo essencial da missão: a Igreja não transmite uma mensagem própria, mas transmite aquilo que recebeu de Cristo, isto é, sua própria pessoa”, acrescentou.

Testemunhas de Cristo para o mundo

Concluindo seu pronunciamento, o presidente das POM reiterou que “como a Igreja é por natureza missionária, do mesmo modo a missão é eclesial por natureza, porque estende na concretude da experiência humana a ação de Cristo que passa sempre através de pessoas concretas”.

“Para nós cristãos batizados trata-se de testemunhar Jesus deixando que sua presença transpareça através de nós, a fim de que sua face seja revelada e acessível a todos os homens e mulheres.”

(JSG)

 

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