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Salvador prepara Festa de São Benedito com tríduo e procissão

Salvador – BA (Quarta-feira, 24-04-2019, Gaudium Press) A devoção a São Benedito é, sem dúvida, uma das mais difundidas por todo o Brasil.

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Centenas de Igrejas levam o seu nome e as Confrarias e Irmandades erigidas em seu louvor se espalharam e ainda continuam atuantes.

A festa do Santo franciscano será comemorada no dia 28 de abril.

Em Salvador, na Bahia, a “Irmandade de São Benedito” que está estabelecida no histórico Convento de São Francisco e que é muito atuante junto aos fiéis, já deu início às preparações para a festa do padroeiro.

As homenagens a São Benedito terão início com o tríduo de orações e louvores que será realizado nos dias 25, 26 e 27 de abril, sempre às 18h.

Durante esse tríduo, os devotos e fiéis serão convidados a, além das orações devocionais, realizar gestos concretos de caridade por meio de doações de alimentos que serão destinados aos menos favorecidos.

Dia de São Benedito

No dia 28 de abril, domingo, data da festa de São Benedito, a primeira Missa votiva terá início às 8h e será em memória dos membros da Irmandade de São Benedito já falecidos.

A Missa Solene, que será presidida pelo Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, terá início às 10h.

Após essa Solene Celebração Eucarística, os devotos participarão de uma procissão que percorrerá as principais ruas do Centro Histórico da capital baiana.

No final da Procissão haverá bênção do Santíssimo Sacramento.

São Benedito: breve relato

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Benedito que significa abençoado, nasceu perto de Messina, na ilha da Sicília, Itália, no ano de 1526.

Seus pais foram escravos vindos da Etiópia para a Sicília. Benedito foi educado por seus pais na fé cristã. Quando menino, cuidava das ovelhas e sempre aproveitava para rezar o Rosário, ensinado por sua mãe.

Quando tinha 20 anos foi insultado por causa de sua raça. Com muita calma e paciência suportou tudo.

Vendo isso, o superior dos Eremitas Franciscanos, Frei Jerônimo Lanza, convidou-o para fazer parte da congregação. O Santo aceitou prontamente, vendeu tudo o que tinha e se tornou um eremita franciscano, ficando com eles por volta de 5 anos.

Com a dispersão dos Eremitas, Benedito foi para o mosteiro da Sicília, um convento dos franciscanos capuchinhos.

Benedito entrou como irmão leigo, assumindo uma função tida como secundária: a de cozinheiro. Benedito, porém, fez da cozinha um santuário de oração e fervor religioso.

Foi transferido depois para o convento de Sant’Ana di Giuliana, ficando por 4 anos. Depois retornou para o convento de Santa Maria de Jesus, permanecendo ali até sua morte.

Por causa de sua vida exemplar, trabalho, oração e ajuda a todos, Frei Benedito, em 1578 foi convidado para ser o Guardião, (superior) do mosteiro, cargo que aceitou depois de muita relutância.

Embora fosse analfabeto, administrou o mosteiro com grande sucesso, seguindo com rigor os preceitos de São Francisco. Organizou os noviços, foi caridoso para com os padres, era o primeiro a dar exemplo nas orações e no trabalho.

Teólogos vinham de longe para conversar com São Benedito e aprender com ele.
Frei Benedito tinha o dom da sabedoria e o dom da ciência. E, apesar de sua condição de analfabeto, ensinava a todos.

Mandava os porteiros não dispensarem nenhum pobre sem antes dar-lhes alimento e ajuda, mesmo na dificuldade do mosteiro. Quando termina seu mandato como superior, ele volta com alegria para o seu ofício de cozinheiro.

Todos queriam ver e tocar em São Benedito, por causa de sua fama de santidade, palavras, milagres e orações.

Os escravos simpatizavam muito com ele, por ser negro, pobre e com grandes virtudes.
Em torno do seu nome surgiram numerosas irmandades.

Grande é o número de milagres de São Benedito, inclusive a ressurreição de dois meninos, a cura de vários cegos e surdos, a multiplicação de peixes e pães, e vários outros milagres.

Alguns milagres de multiplicação de alimentos aconteceram na cozinha de São Benedito. Por isso, ele é tido carinhosamente pelo povo como o Santo Protetor da cozinha, dos cozinheiros, contra a fome e a falta de alimentos.

Um dia Frei Benedito profetizou que quando morresse teria que ser enterrado às pressas para evitar problemas para seus irmãos.

Depois disso, ficou gravemente doente e faleceu no dia 4 de abril de 1589, aos 65 anos de idade. E a profecia se cumpriu: quando ele faleceu uma multidão invadiu o mosteiro para vê-lo, conseguir algum objeto seu ou um pedaço de sua roupa de monge para terem como relíquia do santo pobre e humilde, causando problemas para o convento.

Na hora de sua morte ele disse com muita alegria: Jesus! Jesus! Minha mãe, doce Maria! Meu Pai São Francisco! E morreu em paz.

Seu corpo foi transladado para a igreja e exalava suave perfume. Exumado posteriormente, estava incorrupto.

Em 1611 seu corpo foi colocado em uma urna de cristal na igreja de Santa Maria em Palermo para visitação e permanece até os dias de hoje.

(JSG)

 

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