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Milagre da liquefação do sangue de San Gennaro se repete na Itália

Itália – Nápoles (Terça-feira, 07-05-2019, Gaudium Press) Mais uma vez se repetiu em Nápoles o fenômeno da liquefação do sangue de San Gennaro. Assim o fez saber o Cardeal Crescenzio Sepe, Arcebispo da cidade italiana, às 18h01 do último sábado, 04 de maio, após a procissão em honra ao Santo que ocorreu na Catedral napolitana.

A procissão, que na ocasião se realizou no interior do templo por mal tempo, é uma das três celebrações que ocorrem anualmente em honra ao padroeiro de Nápoles. Esta se realiza no sábado que antecede o primeiro domingo de maio, e sucede em memória da translação das relíquias de San Gennaro -ocorridas no século V- do Cemitério localizado no Agro Marciano, às Catacumbas de Capodimonte.

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Ao término da procissão, e um pouco antes de dar início à Eucaristia, ocorreu o milagre do sangue; sendo um sinal importante para a cidade de Nápoles. As outras duas ocasiões no ano em que se espera que suceda este fenômeno são o dia 19 de setembro, festa de San Gennaro, e o dia 16 de dezembro, quando é celebrado ao santo como padroeiro de Nápoles.

Já durante a homilia da Eucaristia, o Cardeal falou do sangue de San Gennaro fazendo referência às vítimas da criminalidade que tem açoitado nos últimos dias a Nápoles: “Com seu martírio nosso padroeiro tem quase desejado que seu sangue prodigioso se mesclasse, de alguma maneira, com o sangue daqueles, culpados ou inocentes, que caíram sob os golpes da violência brutal, sombria, bárbara, exercida através do uso das armas para demonstrar ser fortes, enquanto que somente são prepotentes, frágeis e insignificantes”.

O purpurado também apelou à responsabilidade e compromisso de todos para solucionar este mal, “porque somente a colaboração e a sinergia podem levar à soluções concretas e úteis para realizar o bem comum”.

“Este é o desejo e a esperança de muitos jovens e famílias que queremos confiar ao nosso padroeiro, San Gennaro, a quem toda a cidade, com coração de súplica, se dirige em devota oração para que, como sempre, não nos falte seu acompanhamento, sua proteção, seu amor paterno”, concluiu o Cardeal.

Nápoles e o sangue de San Gennaro

O fenômeno da liquefação do sangue de San Gennaro tem um estreito vínculo com a história de Nápoles e vários acontecimentos catastróficos dos quais foi prevenida a cidade. A partir do século XVI se faz referência ao milagre do sangue líquido e ao santo, a quem foi atribuído ter protegido Nápoles das guerras, pestes e catástrofes naturais como a erupção do vulcão Vesúvio.

Muitos napolitanos tem a crença que se o sangue de San Gennaro não se tornar líquido para suas festividades, é sinal de que alguma tragédia cairá sobre a cidade. Pelo menos assim ficou consignado na história em 1980 quando o milagre não ocorreu e nesse ano um terremoto afetou o sul de Nápoles, deixando mais de dois mil mortos.

Pesquisas científicas realizadas sobre o sangue falam do caráter sobrenatural do fenômeno da liquefação. De todas elas, chama a atenção o fato de que o sangue, em seu estado sólido, não ocupa sempre o mesmo volume da ampola que a contêm. Em ocasiões chega a ocupar, inclusive, todo o recipiente.

A relíquia do sangue de San Gennaro está custodiada na Capela Real da Catedral de Nápoles. (EPC)

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