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Relíquia de Santa Maria de Jesus Crucificado peregrina pelo Chile

Chile – Santiago (Sexta-feira, 24-05-2019, Gaudium Press) Desde o dia 21 de maio, as relíquias de Santa Maria de Jesus Crucificado, carmelita descalça que serviu na Terra Santa e recebeu a graça dos estigmas, está percorrendo diversas Dioceses do Chile.

A relíquia de primeiro grau, que foi trazida de Belém, visitará mais de 50 paróquias, capelas, mosteiros, colégio e hospitais de norte ao sul do país, passando pelas Dioceses de Punta Arenas, Villarrica, Temuco, Chillán, Rancagua, Arica, Valparaíso; e as Arquidiocese de Puerto Montt, Concepción, Antofagasta, La Serena e Santiago.

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Miriam Baouardy nasceu no dia 05 de janeiro de 1846, em uma pequena aldeia da Galileia, entre Nazaré e Haifa. O seus pais, Jorge Baouardy e Maria Chayin, perderam doze filhos em tenra idade. Com profunda dor mas com uma grande confiança em Deus, decidiram peregrinar até Belém para rezar na Gruta da Natividade e pedir a graça de uma filha. No ano seguinte nasce o seu irmão Boulos.

Antes de Miriam completar 3 anos de idade, seu pai morreu confiando-a à São José. Alguns dias depois morre também a sua mãe. É assim que Boulos é adotado por uma tia e Miriam por um tio, e são separados.

Aos 8 anos faz sua primeira comunhão. Pouco depois, o seu tio parte para Alexandria com toda a família.

Miriam tem 12 anos quando sabe que o seu tio a quer casar. Decidida a entregar-se totalmente a Deus, recusa a proposta. Tratam de persuadi-la e ameaçam-na. Nem as humilhações, nem os maus tratos puderam fazer mudar a sua decisão. Três meses depois, ela visita um velho criado da casa do seu tio, para enviar uma carta pedindo ajuda ao seu irmão. Ouvindo a narração dos seus sofrimentos, o criado que era muçulmano, exorta-a a converter-se ao Islã. Miriam recusa. Encolerizado, o homem pega uma espada e corta a garganta da jovem, abandonando-a logo de seguida numa rua escura.

Mas a sua hora não havia chegado, e ela acorda numa gruta, ao lado de uma jovem que parecia ser uma religiosa. Durante quatro semanas, ela cuida, alimenta e instrui Miriam. Depois de estar curada, aquela que mais tarde ela revelará ser Nossa Senhora, leva-a para uma igreja.

Em 1865 Miriam, com 19 anos de idade, é admitida na congregação das Irmãs de São José da Aparição, apesar de seu escasso francês e sua débil saúde. Realizou trabalhos próprios do convento e semanalmente começou a padecer os estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Após dois anos de noviciado, as religiosas, desconcertadas pelos estigmas, lhe pedem para se retirar do convento.

A Madre Verônica estava de passagem no convento de Marsella, conheceu a Miriam e ofereceu levá-la ao Carmelo de Pau, o que se concretizou em junho de 1867. Ali ela recebeu o nome de Irmã Maria de Jesus Crucificado.

Em 1870 é enviada com um pequeno grupo para fundar o primeiro mosteiro das Carmelitas de Mangalore, Índia. No dia 21 de novembro emite seus votos, mas teve que retornar ao Carmelo de Pau em 1872.

Empreende uma viagem para a Terra Santa e graças ao seu conhecimento da língua árabe, ganha a simpatia dos habitantes locais. O mosteiro esteve pronto para o dia 21 de novembro de 1876.

Maria de Jesus Sacramentado também começa as gestões para fundar o Carmelo de Nazaré. Em meio dos trabalhos de construção levava água aos obreiros, mas caiu de uma escada e fraturou o braço. Dias depois, em 26 de agosto de 1878, ela morreu por conta da gangrena.

O Papa São João Paulo II a beatificou em 13 de novembro de 1983, sendo mais tarde canonizada pelo Papa Francisco no dia 17 de maio de 2015. (EPC)

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