Sacerdotes são alvo de terroristas em Burkina Faso

Burkina Faso – Uagadugu (Sexta-feira, 31-05-2019, Gaudium Press) “As vítimas dos ataques contra os católicos não são escolhidas aleatoriamente. Atacam os sacerdotes”, essa é a denúncia feita por fontes da Igreja em Burkina Faso, país africano onde, nos últimos meses, os católicos tem sofrido diversos ataques terroristas.

Como exemplo, se recorda o ataque do dia 12 de maio em Dablo. “Os terroristas, depois de cercar a igreja, pediram ao sacerdote e ao catequista que saíssem. O pároco, Siméon Yampa, foi assassinado imediatamente. O catequista, por outro lado, conseguiu escapar. Os terroristas depois mataram cinco fiéis”, explicaram.

O mesmo procedimento se percebe nos ataques cometidos no dia 13 de maio, em Singa, no município de Zimtenga, na mesma região do Sahel de Dablo. “Os terroristas atacaram os fiéis que retornavam de uma procissão mariana. Também retiraram quatro pessoas da multidão de fiéis, dos quais pelo menos três não parecem ter sido escolhidos aleatoriamente. Era um leigo, que durante muito tempo foi presidente da comunidade católica local, e duas pessoas que eram formadoras”, afirmaram.

Já no último atentado, ocorrido no dia 26 de maio, em Toulfé, os terroristas foram em busca do catequista. “Nossa impressão é que os agressores foram de propósito contra os líderes comunitários”, acrescentaram.

Os denunciantes acreditam que o objetivo dos autores desses ataques seja “desestabilizar Burkina Faso e, com isso, os outros estados vizinhos. Aqueles que cometem esses crimes vem de fora”.

Em 15 de fevereiro de 2019, durante um ataque contra um posto de controle em Nohao, na fronteira com Gana, assassinaram ao Padre Antonio César Fernández Fernández, missionário salesiano espanhol.

Ainda não há nenhuma informação sobre o Padre Joël Yougbare, pároco de Djibo, que no domingo, 17 de março, desapareceu no norte do país e nem do Padre Pier Luigi Maccalli, missionário sequestrado no Níger, um país na fronteira com Burkina Faso, na madrugada de 17 para 18 de setembro de 2018. (EPC)