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Custodio da Terra Santa destaca valor da presença dos cristãos no Oriente Médio

Roma – Itália (Sexta-feira, 14-06-2019, Gaudium Press) O custódio da Terra Santa, Padre Francesco Patton, encontrava-se nestes dias em Roma onde participou da 92ª Assembleia Plenária da Reunião das Obras de Ajuda às Igrejas Orientais (Roaco), realizada no Vaticano.

Custodio da Terra Santa destaca valor da presença dos cristãos no Oriente Médio-Foto Arquivo Gaudium Press.jpg

Nesta Assembleia encerrada na última quarta-feira dedicou-se bom espaço dos trabalhos do organismo foi para contemplar a situação das Igrejas no Médio Oriente.

Tratou-se das difíceis condições da minoria cristã, atingida por problemas de toda a espécie e também de aspectos econômicos e de segurança. Isto tem levado a que muitos jovens deixem suas terras emigrando-se.

Declínio da Presença Cristã

No Território da Cisjordânia a população cristã está sofrendo um drástico declínio.

Quem dá conta disso é Hanna Issa, membro do Conselho da Al Fatah e Secretário-Geral do Conselho Islâmico-Cristão palestino para Jerusalém e os Lugares Santos.

Segundo o relatório apresentado pelo representante da Al Fatah, os números estatísticos indicam um acentuado enfraquecimento da presença de cristãos em várias localidades.

E ele exemplifica para afirmar sua afirmação:
na cidade árabe de Jenin, 26 km ao norte de Nablus, dos 70.000 habitantes há apenas 130 cristãos, quase todos católicos de rito latino;

em Tubas, outra cidade árabe da Cisjordânia, os habitantes são 40.000 habitantes, e há apenas 45 cristãos, pertencentes à Igreja grega ortodoxa;

em Burqin, vilarejo palestino não muito distante de Jenin, há menos de 70 cristãos, numa população de 7.500 habitantes;
as comunidades de batizados presentes nas cidades de Jalameh e Kafr Koud são também compostas por algumas dezenas de pessoas.

No vilarejo de Deir Ghazaleh, até 10 anos atrás habitada por uma grande minoria cristã, agora os batizados são apenas 4 entre 1.200 habitantes.

Números verdadeiros?

O padre Francesco Patton, custódio da Terra Santa, em entrevista ao VaticanNews, não confirma nem nega os números fornecidos pelo político palestino.

Para Padre Patton, a presença em termos percentuais e aquela em termos numéricos absolutos permanece “estável ou ligeiramente em diminuição”.

O Custódio da Terra Santa explicou que em algumas áreas os cristãos até aumentaram, como foi o caso da paróquia de Belém, onde no último ano houve cerca de 30 funerais e 60 batismos.

Desafio Pastoral: fazer compreender o valor da presença cristã

Por causa dos números que se tem mostrado pelas estatísticas, o padre Patton sublinhou que o necessário e mais importante “desafio pastoral” deve ser o fazer com que os cristãos da Terra Santa compreendam “o valor de sua presença, em territórios difíceis, exigentes e fadigosos”.

“Os cristãos formam o componente mais disposto a procurar soluções para a paz”, afirmou o sacerdote.

Para enfrentar esses desafios, a Assembleia da ROACO refletiu apenas sobre a ajuda econômica, destinada a apoiar as Igrejas e as comunidades cristãs no Médio Oriente, mas analisou aspectos de como deve ser o apoio pastoral. Em relação a ele, tratou-se bastante sobre a formação dos jovens.

Foi por isso mesmo que o Padre Patton tratou de falar também sobre o papel fundamental desempenhado pelas escolas católicas na formação dos jovens.
(JSG)

 

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