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“A centralidade de Cristo em São Pedro e em São Paulo”, comenta Bispo Gaúcho

Frederico Westphalen (RS) (Sexta-feira, 28-06-2019, Gaudium Press) A Diocese de Frederico Westphalen, publicou em seu site as reflexões de Dom Antônio Carlos Rossi Keller a propósito da Solenidade de São Pedro e São Paulo, liturgicamente comemorada no próximo domingo.

A centralidade de Cristo em São Pedro e em São Paulo, comenta Bispo Gaucho-Arquivo Gaudium Press.jpg

Pedro e Paulo tinham Jesus no centro de suas vidas

Logo no início de seu artigo, Dom Keller afirma que “Na vida de Pedro e na vida de Paulo descobrimos que o centro é Jesus Cristo, filho de Deus Vivo. Na centralidade de Cristo eles interpretaram as suas vidas, com fragilidades e grandezas, com a graça e com o esforço humano, com os silêncios e com os ruídos, com horas de serenidade e horas de forte tempestade”.

O Bispo comenta que os dois santos lembrados pela liturgia no próximo domingo (30/06) “Souberam escutar, souberam responder.

Deram a vida numa oblação de amor e de entrega. Assinalaram com marcas de sangue o seu amor incondicional a Jesus Cristo e à sua Igreja. 

Fizeram um caminho de conhecimento e crescimento, até que o amor de Deus lhes fizesse surgir a fé mais esplêndida e operativa, em que viver ou morrer é Cristo.

Saborearam por entre lágrimas de amor perfeito a torrente do amor de Cristo e deixaram-se lavar pelo seu amor de serviço e pelo seu sangue de misericórdia e graça.”

Em tudo, eram Modelo para os fiéis

Dom Keller continua descrevendo, ainda de um modo que poderíamos chamar de poético, o que foi a vida de São Pedro e São Paulo para mostrá-los como modelo para os fiéis colocados a seu encargo:

Os dois Santos “Exprimiram a sua vitalidade genuína de discípulos em um compromisso que abraçou o mundo inteiro, em uma fidelidade e entrega que ainda hoje fundamenta a beleza da Igreja e o seu dinamismo.

São para nós irmãos que amamos e que permitiram que também nós saboreássemos a mesma torrente de vida e de graça.

O seu compromisso com Cristo fez deles intrépidos anunciadores da palavra, pilares robustos da paciência e da misericórdia, sábios mestres da doutrina da vida, heróis desafiadores de perigos e de mortes, profetas audazes, mártires perfeitos do Cordeiro Pascal.

(Eles) deram testemunho de fortaleza e paciência nas tribulações, de alegria na esperança e perseverança na oração. Souberam dizer sempre a verdade, importando mais servir a Deus que aos homens.”

Respeito humano, testemunho cristão, exemplo de vida

Numa época em que muitos cristãos padecem da coragem de não ter respeito humano e que não acreditam na importância do testemunho de uma vida cristã, o Bispo de Frederico Westphalen descreve a vida de exemplo dos dois evangelizadores e os aponta como modelos a serem seguidos.

“Foram testemunho convicto, convincente e sem respeitos humanos.

Foram testemunho de incessante anúncio da palavra, da evangelização. Foram construtores permanentes, com novas pedras e todas as pedras possíveis, do Novo Templo de Deus.

Foram testemunho corajoso e heroico, diante de vexames, difamações, críticas, fome, cadeias, perseguições.

Foram testemunho de doação das suas vidas. Foram testemunho de inquebrantável fidelidade também aos seus irmãos, que não quiseram defraudar.

Em Pedro e Paulo vemos um profundo amor à Igreja de Cristo.

Para Eles a Igreja, naqueles tempos sem grandes meios, eram rostos de irmãos, pessoas concretas a quem Deus se dirige, trata e ama.

Cuidaram da Igreja com ternura e doação esmerada.

Cuidaram da Igreja não como donos e senhores, mas como servos e irmãos, tendo sempre o Espírito Santo como conselheiro. Na verdade nada faziam sem a presença do Espírito Santo e dos irmãos, por quem, muitas vezes, o mesmo Espírito se exprime.”

Quem pode cuidar bem da Igreja?

Dom Keller mostrou, em seu artigo semanal que prepara os fiéis para reflexões a propósito do Evangelho Dominical, que cuidar bem da Igreja é fruto de uma vida cristãmente vivida. É fruto de uma vida sem “respeito humano” e florida de testemunho:

“E as chaves que usaram foram dadas como expressão de profunda confiança para abrir e deixar entrar, e para segurar e guardar, a preciosidade que é a vida de cada pessoa humana.

Cuidaram da Igreja com diálogo e caridade diante das dificuldades, problemas e questões novas.

Eles procuraram fazer da Igreja uma verdadeira família onde cada um se preocupa com o seu irmão, não só na dimensão espiritual, mas também na dimensão humana. Uma Igreja que unisse o céu e a terra e que o perdão conquistasse novos espaços. Fizeram da

Igreja um espaço de misericórdia e de amor que atraia a muitos. Fizeram da Igreja uma autentica família, um espaço de verdadeira partilha fraterna e milagre permanente da certeza: “Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos”.

(JSG)

 

 

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