Mais católicos assassinados em Burkina Faso

Burkina Faso – Bani (Quarta-feira, 04-07-2019, Gaudium Press) Quatro católicos foram assassinados na quinta-feira, 27 de junho, na localidade de Bani, em Burkina Faso, por um grupo de homens armados não identificados.

Procura seletiva de sinais religiosos

No início da noite de 27 de junho último, um grupo de homens armados, pertencentes a uma facção terrorista ainda não identificada, chegaram à localidade de Bani, situada a 10 quilômetros de Bourzanga, no norte de Burkina Faso e iniciaram uma ação criminosa contra cristãos.

De acordo com informações fornecidas pelo diretor do Centro Diocesano de Comunicação (CDC), abade Victor Ouedraogo, os terroristas chegaram na pequena localidade e encontraram a população fora de suas casas conversando, como é costume quando anoitece.

O bando armado obrigou os habitantes a voltarem para suas casas.
Lá chegando os terroristas passaram de casa em casa para identificando as pessoas e classificando as pessoas segundo a sua crença religiosa.

Os terroristas procuravam sinais que indicassem a crença religiosa de cada família: cruzes, medalhas ou nomes cristãos.
Os agressores encontraram quatro homens que traziam um crucifixo no pescoço e os mataram sem apelação. Além disso, os assassinos puseram fogo na casa de um deles.

Assassinato por motivos religiosos

O diretor do Centro Diocesano de Comunicação (CDC), lembrou que o novo ataque faz com que o número de católicos assassinados nos últimos dois meses chegue a 12 pessoas mortas em defesa da fé:

No dia 13 de maio, quatro pessoas foram assassinadas na paróquia de Bam e outras quatro foram assassinadas em 26 de junho na paróquia de Titao.

O Abade Ouedraogo, o modo de agir dos terroristas nestes fatos recentes não deixam dúvidas “de que se trata de ataques seletivos contra cristãos”, num país dominado por terroristas de origem muçulmana.

Victor Ouedraogo explicou também que nos últimos meses intensificou-se a violência entre as comunidades em Burkina Faso, do mesmo modo que nos outros países da região:

“Diante destes ataques cada vez mais frequentes e as ameaças crescentes, muitos cristãos estão abandonando suas localidades para buscar refúgio nas suas paróquias”. (JSG)