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Colecionar arte religiosa, opção para preservar o patrimônio da Igreja para o futuro

Estados Unidos – Washington (Segunda-feira, 08-07-2019, Gaudium Press) O trabalho de preservação do patrimônio cultural e artístico da Igreja é uma tarefa titânica que muitos fiéis associam às grandes instituições e fundações ou diretamente ao Estado. No entanto, o redator Charles Bradshaw propôs em um artigo para a revista ‘Liturgical Arts Journal’ uma alternativa que pode estar ao alcance do fiel: resgatar obras de arte sacra nos mercados de segunda mão.

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Bradshaw expressou sua surpresa pelo notável retorno das tendências do passado e sua conseguinte promoção de artigos de época, mas lamentou que o retorno tenha se limitado a uma margem muito específica. “Esta tendência retrô parece somente olhar para sessenta anos atrás e raramente mais além, tratando de inspirar a uma nova geração através do meio cultural dos anos sessenta e setenta”, comentou. “Nos encontramos em uma época em que as verdadeiras antiguidades e a arte tem sido tratados com indiferença”.

“Curiosamente, no entanto, esta tendência parece reverter-se dentro da Igreja Católica. Ali, os jovens estão buscando inspiração, não a partir de sessenta anos, mas desde as antigas tradições da Igreja”, indicou o redator, que assinalou o paradoxo de que justamente as pessoas mais velhas parecem ter perdido o interesse nesses tesouros. “A tendência ao antigo e ao tradicional está de volta e florescendo”. E neste retorno e florescimento, os fiéis podem ajudar através da coleção de obras de arte sacra.

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O próprio Bradshaw pode encontrar, enquanto residia na França no ano anterior, uma venda de artigos que pertenciam a um mosteiro. Na medida de suas possibilidades, conseguiu resgatar livros e outros objetos, enquanto uma mulher no lugar se surpreendia de que uma pessoa tão jovem tivesse interesse nos artigos. Em outra ocasião, encontrou um mercado de antiguidades e em seus diferentes postos acabou descobrindo ornamentos religiosos mesclados com a roupa comum. “Me perguntava a quem poderiam ter pertencido, somente para encontrar, metida em uma manga, uma fotografia em preto e branco de um Bispo com o Papa João XXIII”, relatou Bradshaw. A casa do prelado havia sido desocupada recentemente e todos seus bens postos à venda.

“De fato, as antiguidades religiosas aparecem constantemente em leilões, lojas de antiguidades, mercados de pulgas e, é claro, no fechamento de instituições religiosas”, concluiu o autor. “Todos estes objetos são parte de nosso patrimônio que podemos (e devemos) salvar e preservar facilmente. Investimos em nosso futuro olhando e salvando nosso passado”. (EPC)

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