Arcebispo de Sydney lamenta lei do aborto aprovada em estado da Austrália
Sydney – Austrália (Quarta-feira, 14-08-2019, Gaudium Press) Dom Anthony Fisher, Arcebispo de Sydney, Austrália, expressou sua decepção com a aprovação, pela Assembleia Legislativa de Nova Gales do Sul, de um projeto de lei que descriminaliza o aborto.
O projeto de lei que permite o aborto tem o pomposo e encanador nome de “Reproductive Health Care Reform Bill 2019”.
Com uma votação que teve 59 votos favoráveis e 31 votos contrários, o projeto foi aprovado na câmara baixa do parlamento local, no último dia 8 de agosto.
Dom Fisher afirmou que “Se uma civilização deve ser julgada pela forma como trata seus membros mais fracos, a Nova Gales do Sul fracassou espetacularmente hoje”.
O Arcebispo explicou que o projeto de lei “ainda permite o aborto até o nascimento. Recruta todos os médicos e instituições médicas para a indústria do aborto, exigindo que eles façam abortos ou encaminhem as mulheres a um provedor de abortos. Além disso, não faz nada para proteger as mães ou seus filhos ou para lhes dar alternativas reais”.
O que permitiria o Projeto de Lei aprovado
O Projeto de Lei permitiria o aborto por qualquer motivo até 22 semanas de gravidez e também se dois médicos considerarem que um aborto deveria ser realizado, levando em conta as circunstâncias físicas, sociais e psicológicas.
Não exige nenhum tipo de aconselhamento ou período de consideração para as mulheres e exigiria que os médicos com objeção de consciência encaminhassem as mulheres a outros prestadores de serviços de aborto.
Os Bispos
O Bispo Auxiliar de Sydney e presidente da Comissão dos Bispos para a Vida, Família e a Participação Pública, Dom Richard Umbers, disse que, apesar do progresso do projeto de lei, “a Igreja Católica continuará fornecendo apoio, aconselhamento e atenção para todas as mulheres que enfrentam qualquer decisão sobre a sua gravidez”.
O Arcebispo Dom Fisher agradeceu “às milhares de pessoas que falaram em nome dos nascituros e de suas mães, entrando em contato com seus parlamentares, mantendo uma presença constante nos arredores do Parlamento e rezando pela derrota deste projeto de lei em vigílias de 24 horas na Catedral de Santa Maria e em outros lugares”.
“Por favor, continuem rezando por uma civilização da vida e do amor e para tornar seus pontos de vista conhecidos pelos membros do Conselho Legislativo (câmara alta), pedindo-lhes para votar contra este projeto”, pediu.
Oposição da Igreja
O projeto de lei tem a oposição da Igreja Católica e também de outras religiões:
“Em vez de buscar leis que levem a mais abortos, deveríamos investir em maneiras de apoiar as mulheres grávidas que sentem que não têm outra opção”, disse Dom Fisher, em 29 de julho.
O projeto de lei foi apresentado por Alex Greenwich, um membro independente que desempenhou um papel decisivo na legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo na Austrália.
O projeto de lei está agendado para ser debatido no Conselho Legislativo em 20 de agosto. (JSG)
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