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A presença real de Cristo na Eucaristia não é opinião, mas uma verdade de Fé

Estados Unidos – Peoria (Sexta-feira, 20-09-2019, Gaudium Press) O Bispo de Peoria, Estados Unidos, Dom Daniel Jenky, adiantou sua Carta Pastoral Festiva, que acompanha o calendário litúrgico local que se entrega aos fiéis para destacar as festas de preceito, com o fim de expôr a doutrina da Igreja sobre o Sacramento da Eucaristia. O texto, intitulado “A Presença Real”, recorda que a Fé na Eucaristia não é uma questão de opinião, mas uma das verdades fundamentais da Fé Católica.

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“A Revelação Divina é a forma na qual Deus Todo-poderoso nos convida pessoalmente a conhecê-lo, amá-lo e servi-lo. É a autocomunicação de Deus da plenitude da verdade, revelada nas Escrituras e na Tradição”, esclareceu o Bispo no início de seu comunicado. “Estar baseado na verdadeira doutrina é, portanto, absolutamente necessário para viver nossa preciosa Fé”.

O prelado reconheceu que, durante várias décadas, os membros da Igreja podem ter falhado em sua exposição e defesa das verdades de Fé, e lamentou os recentes resultados em um estudo sobre a compreensão da doutrina da Igreja sobre a Eucaristia nos Estados Unidos. “Como seu Bispo, acredito que é uma grave obrigação pessoal para mim tratar de declarar com a maior clareza possível algumas verdades básica sobre o Santíssimo Sacramento”, indicou Dom Jenky.

A Eucaristia, centro e ápice da vida da Igreja

“Somos uma Igreja Eucarística, cuja vida e serviço giram em torno do dom da Eucaristia”, declarou o Bispo. “O Santíssimo Sacramento é o símbolo mais rico possível de nossa Fé mas, através das palavras transformadoras de Cristo e o poder do Espírito Santo, também faz presente o que significa”. As Palavras de Cristo: “Este é meu corpo, este é meu sangue” não se interpretam de uma maneira distinta ao que dizem literalmente. “Ao invés de falar metaforicamente, estabeleceu intencionalmente para a comunidade de seus discípulos um sinal externo que efetuou uma realidade completamente nova”, ensinou o prelado. “Depois de sua paixão e morte, Cristo ressuscitado continuaria cumprindo com eles e confirmando sua presença real em todas e em cada uma das celebrações da Eucaristia”.

Além da Sagrada Escritura, o testemunho dos Padres da Igreja confirmam a Fé na presença real de Cristo ressuscitado na Eucaristia nas primeiras comunidades cristãs. Dom Jenky citou textos de Santo Inácio de Antioquia, Santo Ireneu, Santo Agostinho e São Gregório de Nissa como mostra deste convencimento.

“É um dogma definido da Igreja Católica, revelado pelo Espírito Santo e preservado de qualquer possibilidade de erro, que o Corpo e o Sangue, a Alma e a Divindade de Jesus Cristo estão verdadeiramente e substancialmente presentes na Santíssima Eucaristia”, recordou o Bispo. “Esta não é uma opinião que deve se medir em comparação com nenhuma pesquisa de opinião, mas a Revelação Divina expressa pela autoridade absoluta das Escrituras e a Tradição”.

O devido culto de adoração

Como causa da diminuição desta Fé na Eucaristia, o prelado identificou “uma diminuição notável em nossa reverência e reconhecimento ritual”, seguindo o princípio de “lex orandi, lex credendi” (a lei do que se reza é a lei do que se acredita). “O que uma vez havia sido uma prática universal em qualquer igreja católica com respeito ao silêncio atento e um conjunto completo de outros rituais como a genuflexão, a bênção com água benta, o Sinal da Cruz, ajoelhar-se, a arquitetura intencional, a localização do Tabernáculo, múltiplas velas, o som dos sinos durante a liturgia, as sacristias e os santuários cuidadosamente preparados, o cuidado de vasos sagrados e os tecidos, as orações antes e depois da Missa alentaram uma espécie de assombro compartilhado diante de algo experimentado como numinoso e maravilhoso”.

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“O termo técnico teológico para a adoração divina se chama Latria, essa é a honra e a adoração que oferecemos exclusivamente ao Deus Todo poderoso”, acrescentou Dom Jenky. “É doutrina católica que o Santíssimo Sacramento deve receber em todo momento a latria da Igreja, porque através do poder do Espírito Santo, o Pão e o Vinho consagrados se convertem realmente no Corpo e o Sangue glorificados de Cristo. Portanto, com razão reconhecemos e adoramos ao Santíssimo Sacramento como Nosso Senhor e nosso Deus”.

O prelado motivou um cuidado atento da celebração da Eucaristia e da preparação espiritual e a participação dos fiéis para recuperar a consciência do povo de Deus sobre a importância deste sacramento. “Como poderíamos atrever-nos a descuidar a Missa dominical ou deixar de compartilhar com as gerações futuras o tesouro infinito da presença real de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento?”, questionou o Bispo. “Na Santíssima Eucaristia, esse mesmo contato íntimo com a Palavra feita carne, é tão possível para nós hoje como o foi para os primeiros discípulos do Senhor. Jesus é Nosso Senhor, nosso Salvador, nosso Mestre, nosso Sacerdote e nosso Rei, que junto com o Pai e o Espírito Santo é agora e para sempre adorado como nosso Deus bom e misericordioso. No Santíssimo Sacramento, realmente provamos e vemos a grande bondade do Senhor”. (EPC)

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