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Basílica do Santo Sepulcro de Jerusalém: Iniciada segunda fase da restauração

Jerusalém – Terra Santa (Sexta-feira 11-10-2019, Gaudium Press) Iniciou-se a segunda fase da restauração e conservação da Basílica do Santo Sepulcro, em Jerusalém. Um trabalho delicado de melhoria estrutural do edifício.

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Na última terça-feira, 8 de outubro, na sede da Custódia da Terra Santa em Jerusalém, foi assinado um acordo entre a Custódia Franciscana da Terra Santa e o Centro de Conservação e Restauro do Patrimônio Cultural “La Venaria Reale”, de Turim, para que se possa iniciar o processo que levará nos próximos anos a realizar intervenções destinadas a consolidar as fundações da Basílica. O projeto será realizado em colaboração com o Departamento de Ciências da Antiguidade da Universidade La Sapienza de Roma.

Estudo da situação estrutural da Basílica

Segundo informações da Custódia da Terra Santa, as duas instituições acadêmicas serão encarregadas de realizar um estudo aprofundado do estado atual, também do ponto de vista histórico-arqueológico, e de preparar o projeto executivo das intervenções de restauração necessárias.

A assinatura faz parte do acordo entre as três grandes realidades religiosas que compartilham a custódia do Santo Sepulcro e a manutenção do Status Quo no local sagrado: o Patriarcado Greco-Ortodoxo de Jerusalém, o Patriarcado Apostólico Armênio de Jerusalém e a própria Custódia da Terra Santa.

As três realidades eclesiais também captarão os fundos necessários para financiar o exigente trabalho de restauração.

Alerta de situação de risco

Em março de 2017, arqueólogos e especialistas alertaram sobre o risco de um possível desmoronamento da Basílica do Santo Sepulcro.

A denúncia foi feita pela equipe profissional que havia acabado de restaurar a estrutura que contém os restos do que a tradição histórica considera como sendo o túmulo de Jesus.

Uma falha estrutural

A arqueóloga grega Antonia Moropoulou, professora da Universidade Técnica Nacional de Atenas (NTUA) e coordenadora científica do projeto de restauração que acaba de ser concluído, declarou há algum tempo que todo o Santo Sepulcro parece ameaçada por causa do risco de “uma falha estrutural significativa”.

Estas hipóteses que acendem um sinal de alarme surgiram precisamente durante os estudos e pesquisas realizados no Santo Sepulcro pela equipe de especialistas responsáveis pela restauração do templo.

A pesquisa realizada por essa equipe e divulgada pela revista National Geographic mostrou que todo o complexo parece ter sido construído, em grande parte, sobre uma base instável de restos de estruturas anteriores, com um subsolo atravessado por túneis e canais.

História

O santuário construído pelo imperador Constantino sobre os restos de um antigo templo romano em torno do qual era reverenciado o local como sendo sido o sepulcro de Jesus, havia sido parcialmente destruído por invasores persas no século VII e depois pelos Fatimídas , xiitas muçulmanos, em 1009.

A igreja foi reconstruída em meados do século 11.

Detalhes do Perigo

Os detalhes técnicos do dossiê, coletados nos últimos anos graças ao uso de georradar e câmaras robóticas, revelaram uma situação alarmante quanto à estabilidade do local sagrado, visitado anualmente por milhões de peregrinos e turistas.

Muitos dos pilares de 22 toneladas que sustentam a cúpula repousam em um metro e vinte de escombros e entulho não consolidado.

(JSG)

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