Hoje a Igreja celebra São João Paulo II

Redação (Terça-feira, 22-10-2019, Gaudium Press) m (ACI).- Quando João Paulo II iniciou seu Pontificado, dentre as primeiras recomendações feitas aos fiéis está o conselho que ressoou enquanto ele ocupou o Trono de São Pedro:

“Não! Não tenhais medo! Antes, procurai abrir, melhor, escancarar as portas para Cristo”.

E o início de seu Pontificado marcou tanto sua vida que a Igreja determinou que a data de 22 de outubro fosse nesta data fosse comemorada a memória litúrgica do santo.

Karol Wojtyla

Karol Wojtyla nasceu na cidade de Wadowice, na Polônia, em 18 de maio de 1920 e ali ele viveu até que em 1938 mudou-se para Cracóvia.

Sua juventude muito dura. Teve que viver em um ambiente marcado pelo ódio e destruição da Segunda Guerra Mundial com a invasão nazista e, depois com o comunismo.

No outono de 1940 encontramos Wojtyla trabalhando como operário nas minas de pedra em seu país e, depois, numa indústria química.

Karol Wojtyla, jovem católico

Tendo continuado fiel aos ensinamentos católicos recebidos em criança, manteve-se firme na fé, progrediu em sua entrega a Deus e, em outubro de 1942, entrou para o seminário clandestino de Cracóvia. Quatro anos depois foi ordenado sacerdote no dia 1º de novembro de 1946.

Vida Eclesiástica

Em 1958, foi ordenado Bispo, ocasião em que adotou como lema episcopal a expressão mariana “Totus tuus”, ou seja, “todo teu” inspirado nos ensinamentos do grande santo mariano São Luís Maria Grignion de Montfort.

Inicialmente, foi Bispo auxiliar e, a partir de 1964, tornou-se Arcebispo de Cracóvia.

Participou em todas as sessões do Concílio Vaticano II, tendo deixado importantes contribuições nas constituições dogmáticas ‘Gaudium et Spes’ e ‘Lumen Gentium’.
Em 26 de junho de 1967, foi criado Cardeal pelo Beato Papa Paulo VI.

Cardeal Karol Wojtyla: novo Papa

Repentinamente, depois de 33 dias de Pontificado, o Papa João Paulo I faleceu. Um Conclave foi convocado e o Cardeal Polonês foi participar dele.

No dia 16 de outubro de 1978, depois de oito escrutínios, Karol Wojtyla foi escolhido como Sumo Pontífice, primeiro Papa eslavo da história e primeiro não italiano a tomar assento na Cátedra de Pedro depois de quase 500 anos.

Escolheu ser chamado de João Paulo II e manteve seu lema “Totus Tuus”.

Pontificado

João Paulo II demonstrou logo possuir uma personalidade carismática e atrativa.
Logo afirmou-se pela sua grande capacidade comunicativa e pelo estilo pastoral.

Pelo seu grande vigor físico, senso apostólico e por ser considerado ainda “jovem”, realizou um inesperado número de viagens e visitas pontifícias: foram 104 viagens internacionais e 146 dentro da Itália. Visitou 129 países nos cinco continentes.

Sua constante itinerância lhe deixaram o epiteto de “Papa peregrino’.

Três visitas ao Brasil

Ele visitou o Brasil em três ocasiões.

A primeira visita ao Brasil em 1980, foi também a primeira visita feita por um Papa à Terra de Santa Cruz.

Foi nesta primeira viagem apostólica ao Brasil que ele presidiu a beatificação do sacerdote jesuíta espanhol Padre José de Anchieta, um dos fundadores da cidade de São Paulo que foi canonizado em 2014.

A segunda vinda ao Brasil foi em 1991, quando visitou, em Salvador, Irmã Dulce, “o anjo bom da Bahia”.

A terceira e última vinda ao Brasil aconteceu em 1997, por ocasião do Encontro Mundial das Famílias, no Rio de Janeiro. Um encontro idealizado por São João Paulo II.

Papa da Família, da Vida

O Encontro Mundial das Famílias, junto com outras ações em favor da vida e da família (entre elas a exortação apostólica ‘Familiaris Consortio’ e a carta encíclica ‘Evangelium Vitae’), fizeram com que ficasse conhecido como o Papa da Família.

JMJ – Canonizações -Números

Também foi uma iniciativa sua as Jornadas Mundiais da Juventude, nas quais se reuniu com milhões de jovens de todo o mundo.

Entre os números de seu pontificado, podem ser mencionadas as frequentes cerimônias de beatificação e canonização, durante as quais foram proclamados 1.338 beatos e 482 santos.

Divina Providência

São João Paulo II faleceu em 2 de abril de 2005 às 21h37, na noite prévia ao Domingo da Divina Misericórdia, data que ele mesmo instituiu.

Após 26 dias do seu falecimento, Bento XVI concedeu a dispensa dos cinco anos de expectativa prescritos ppara que pudesse ser iniciado o processo causa de canonização.

Em 1º de maio de 2011, Bento XVI o proclamou beato e, em 27 de abril de 2014, foi canonizado pelo atual Papa.

(JSG)