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Perseguição religiosa gera risco de “desaparecimento” do Cristianismo no Oriente Médio

Lisboa – Portugal (Quinta-feira, 24-10-2019, Gaudium Press) Foi lançado em Lisboa, Portugal, um relatório sobre a situação dos cristãos no mundo que tem como título ‘Perseguidos e Esquecidos?’.

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O relatório lança um alerta para o risco de “desaparecimento” do Cristianismo no Oriente Médio.

O documento, que foi distribuído a órgãos de imprensa, destaca o “impacto” da perseguição feita sistematicamente contra comunidades cristãs em países como a Síria ou o Iraque no início desta década.

O documento usa uma linguagem forte e chega mesmo a falar em “período de genocídio”:

Genocídio

“O impacto deste genocídio -continuação dos fluxos migratórios, crises de segurança, pobreza extrema e recuperação lenta- significa que pode ser demasiado tarde para que algumas comunidades cristãs do Médio Oriente recuperem.

Em algumas vilas e cidades, a contagem crescente para o desaparecimento do Cristianismo “parece que não para”, pode ler-se no documento.

É assinalado pelo relatório que há uma “preocupação sem precedentes” da comunidade internacional em relação a esta perseguição, mas considera que “as medidas tomadas até à data poderão não ser suficientes para garantir o futuro da presença da Igreja” em alguns países.

Militantes islâmicos: quase impossível de serem controlados

“Os grupos militantes tornaram-se difíceis de controlar, deixando-nos assim num estado de constante tensão, por termos sempre presente que em algum outro lugar, em algum momento, vai haver outro ataque.
Onde e quando, ninguém sabe”, afirma o Cardeal Joseph Coutts, arcebispo de Karachi, no Paquistão, na introdução do relatório.

Local mais crítico, mais perigoso

O documento, que relata acontecimentos relativos ao período de julho de 2017 a julho de 2019, indica que “em todo o mundo, os Cristãos são o alvo preferido de extremistas militantes violentos”.

Como informação, ele indica ainda que a Ásia Meridional e Oriental forma “a região mais crítica a nível de perseguição”, por causa de uma ameaça em três frentes: “o extremismo islâmico, o nacionalismo populista e dos regimes autoritários”.

Violência jihadista

“Em toda a África, a violência jihadista contra os cristãos se manteve em níveis críticos”:

“Eles fizeram-nos coisas muito más. Bateram-nos e violaram-nos. O pior de tudo foram as violações de meninas com nove anos”, relata Rita Habib, uma cristã da Planície de Nínive, no Iraque.

Viagens testemunham os fatos

Abrangendo um período de 25 meses, o relatório baseia-se em viagens feitas a países “relevantes” pela perseguição contra os cristãos.

Entre esses países estão: Índia, Sri Lanka, Mianmar (Birmânia), Egito, Nigéria, Paquistão, República Centro-Africana, China, Filipinas, Iraque e Síria, existindo outros países nesta lista e que não são citados por “questões de segurança”.

“Este relatório mostra, uma e outra vez, no Egito, no Paquistão e noutras partes do mundo, que as mulheres cristãs são as que mais sofrem, havendo relatos de raptos, conversões forçadas e ataques sexuais”.
(JSG)

 

 

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