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A renúncia ao celibato sacerdotal empobrece a Igreja

Estados Unidos – Washington (Segunda-feira, 28-10-2019, Gaudium Press) O Padre Carter Griffin, sacerdote da Arquidiocese de Washington e Reitor do Seminário São João Paulo II, dedicou um artigo de opinião para destacar a riqueza espiritual da disciplina do celibato sacerdotal. Sua resposta aos que sugerem a reforma da disciplina da Igreja é deixar de avaliar os possíveis benefícios e passar a considerar o que a Igreja perderia com esta antiga e valiosa prática.

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“Um sacerdote célibe é, em primeiro lugar, uma testemunha convincente das realidades sobrenaturais”, explicou o presbítero, autor do livro ‘Por que o celibato?: Reclamando a paternidade do sacerdote’. “Seu sacrifício das alegrias do matrimônio e a família é o testemunho de um homem que apostou sua vida pela promessa de uma vida além da morte”. Os sacerdotes se convertem com esta consagração total em uma pregação vivente sobre a existência de Deus.

O testemunho do sacerdote, que deve renunciar ao amor conjugal, “aponta a um tipo de amor mais profundo, o amor divino do que brota todo amor humano e que o dota de santidade”. Esta entrega leva a constituir o celibato como “a coluna vertebral do matrimônio católico” porque ensina aos esposos que o fim último do amor -também no matrimônio- é levar a união com Deus.

O celibato ajuda ao ministério sacerdotal

“No entanto, o mais importante é que o celibato é um presente de Jesus à sua Igreja porque é um poderoso apoio para o próprio ministério do sacerdote”, assegurou o Padre Griffin. Cristo mesmo descreveu esta disciplina como a renúncia ao matrimônio “pelo bem do Reino”, comunicando que esta forma de entrega é “um instrumento de caridade pastoral”.

Para entender a importância do celibato é necessário compreender que o sacerdócio é “uma vocação à paternidade espiritual”, comentou o Reitor. “Um sacerdote é um homem cuja vida se vive para os demais e que dá a vida na ordem da graça. Ao celibato se ordena viver essa paternidade espiritual e foi uma fonte de graças incomensuráveis para o povo de Deus através dos séculos”.

“A Igreja seria mais pobre espiritualmente sem o celibato sacerdotal. Esta é a razão pela qual o requisito do celibato se mantêm na Igreja latina século após século apesar dos repetidos e frequentemente estridentes chamados por sua modificação”, concluiu o sacerdote. “Existe, sem lugar de dúvidas, a necessidade de uma reforma genuína e profunda na Igreja atual, uma melhor seleção e formação de seminaristas, e uma maior responsabilidade nos sacerdócio célibe. Mas fazer que o celibato sacerdotal seja opcional faria pouco para abordar as grandes necessidades da Igreja atual e faria muito para empobrecer espiritualmente a Igreja justo quando mais necessita”. (EPC)

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