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Perseguição Religiosa: Governo comunista chinês decreta demolição de templos católicos

China – Pequim (Segunda-feira, 04-11-2019, Gaudium Press) O governo comunista chinês decretou a demolição de um templo católico localizado na Diocese de Handan (Hebei), mesmo sendo totalmente reconhecido e aprovado pelas autoridades locais.

Após tentar dialogar com os responsáveis, sem ter obtido êxito, um grupo de sacerdotes e paroquianos, se entrincheirou na igreja de Wu Gao Zhang (distrito de Guan Tao) para impedir o cumprimento do decreto. De acordo com o documento, a decisão de destruir este templo católico está baseada no fato de o mesmo não possuir todas as permissões e licenças necessárias.

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Desde setembro de 2017, quando o governo chinês promulgou novos regulamentos estritos para a religião, as igrejas estão sendo vigiadas para que cumpram com os requisitos estabelecidos para possuir a licença de funcionamento. Os templos que não o fazem são destruídos.

Muitos católicos chineses afirmaram à AsiaNews que o acordo entre a Santa Sé e a China, firmado em setembro de 2018, incentivou o governo a tomar medidas punitivas contra católicos que não pertencem a igrejas aprovadas pelo estado.

A Igreja na China permaneceu, durante décadas, dividida entre a Associação Católica Patriótica Chinesa, uma igreja estatal sob o controle do Partido Comunista Chinês e a Igreja clandestina que estava em plena comunhão com a Santa Sé. O acordo realizado em 2018 tinha por objetivo unificar as duas comunidades eclesiásticas. Apesar disso, há relatos de perseguição contra sacerdotes e leigos que se recusam a adorar nas igrejas administradas pelo governo.

Nas províncias de Jiangxi e Fujian, no leste da China, os sacerdotes que se negaram a assinar acordos que os vinculavam aos regulamentos do governo foram expulsos de suas casas e tiveram suas igrejas fechadas. Ao menos cinco templos católicos na Diocese de Yujiang foram fechados à força pelo governo, em julho e agosto deste ano, por se recusarem a ingressar na Associação Católica Patriótica Chinesa.

Já em agosto, oficiais do governo ameaçaram prender um sacerdote clandestino e revogar subsídios básicos do governo a todos os católicos da cidade de Yingtan após a recusa da paróquia em se unir à Igreja patrocinada pelo estado.

Em entrevista à revista Bitter Winter um sacerdote de Yujiang relatou que o governo chinês monitora a atividade diária dos sacerdotes da Associação Católica Patriótica Chinesa. “O governo coloca espiões nas igrejas da Associação Católica Patriótica Chinesa para controlar especialmente o que os sacerdotes dizem em seus sermões e nas atividades que realizam. Basicamente, o estado sabe tudo sobre os sacerdotes”, alertou. (EPC)

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