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Natal só será relevante se dermos importância ao Advento, adverte Diácono

Estados Unidos – Brooklyn (Quarta-feira, 27-11-2019, Gaudium Press) O Diácono Greg Kandra, pertencente à Diocese de Brooklyn, Estados Unidos, e autor de um livro sobre o fomento da espiritualidade em meio da agitação cotidiana, propôs em um artigo de opinião reproduzido pelo jornal ‘Catholic Philly’ destacar de maneira especial o tempo litúrgico do Advento para poder preservar o sentido do Natal. “O Natal só importará se fizermos com que o Advento importe”, advertiu o Diácono.

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Um componente que pode criar confusão nos fiéis é o afã comercial de explorar o tempo de Natal, pelo que as decorações natalinas se adiantam a novembro e a música própria da temporada se escuta com bastante antecipação, enquanto que a publicidade e os catálogos de produtos insistem em antecipar a compra de presentes. “Em meio disto tudo, podemos esquecer facilmente uma parte vital do calendário cristão: o Advento”, lamentou o Diácono. “Estas semanas antes do Natal tem a intenção de fazer que essa festividade singular -e o dia sagrado singular -sejam importantes. O Advento prepara o cenário, chamando-nos a ‘preparar o caminho’, construindo em nossos corações uma sensação de anelo, antecipação e esperança gozosa”.

Por exemplo, a Serva de Deus Dorothy Day comparava o Advento à espera de uma mulher grávida. “Ela vive vestida de silêncio “, escreveu Day, “como se estivesse escutando a agitação da vida dentro dela”. Este espírito de silêncio representa todo um desafio aos católicos da atualidade. “Como podemos recuperar o mistério e a tranquilidade deste belo tempo?”, questionou o Diácono Kanda. “Como podemos fazer que o Advento importe?”.

Uma das reflexões propostas pelo Diácono é reinterpretar o sentido das decorações à sua intenção original. “Desembaraçamos os acordes e substituímos as lâmpadas queimadas e, em seguida, colocamos cabos em volta da casa e dos arbustos com um propósito explícito: combater a escuridão e desafiar a noite”, explicou. “As primeiras palavras de Deus em toda a Escritura se tornam nosso hino em dezembro: Faça-se a luz! Durante estas semanas, quando vemos estas exibições extravagantes, de bom gosto ou não, estamos vendo algo que afirma a criação e diz: não importa o quê, ali seremos a luz”. As manifestações externas do Natal devem recordar ao crente a espera pelo Sol de justiça.

A segunda proposta é, por mais difícil que seja, promover o silêncio em preparação para o Natal. “Necessitamos buscá-lo, onde seja e como pudermos. Requer esforço, mas vale a pena. Abaixe o volume. Desligue o computador. Desligue a televisão. Desligue as luzes e diminua o brilho. Trabalhe para tornar este tempo um momento de tranquilidade, consideração e paz “, afirmou. “Como podemos escutar os anjos se a televisão está gritando?”

O Diácono recordou o costume norte-americano de empregar uma árvore natural para decorar no Natal, que costumava chegar dias antes da data. Isso facilitava a compreender o sentido da espera e também projetava a celebração em direção ao seu tempo real. “Sempre me entristece ver as árvores de Natal jogadas na calçada antes do Ano Novo. A temporada natalina se estende até a festa do Batismo do Senhor, em meados de janeiro”, recordou o Diácono. “Então guarde as saudações e desejos de Natal para mais tarde. Olhe para este momento com gratidão e reverência: a antecipação do que está por vir e a alegria do que será. Aprecie o caráter especial deste tempo. Saboreie-o. Abrace sua maravilha”. (EPC)

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