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Papa recebe 183 embaixadores no Vaticano e fala da Paz

Cidade do Vaticano (Quinta-feira, 09-01-2020, Gaudium Press) Na manhã desta quinta-feira, 9 de janeiro, na Sala Régia, no Vaticano, com a presença de 183 embaixadores, foi realizado o tradicional encontro do Pontífice com os membros do Corpo Diplomático credenciados junto à Santa Sé que acontece a cada início de Ano.

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Na Sala Régia, Papa Francisco fala a
diplomatas credenciados junto à Santa Sé.
Foto Vatican News

Esta é a ocasião para as trocas de cumprimentos e desejos para o Ano Novo e é também ocasião para o Papa pronunciar um discurso costumeiramente esperado pelos diplomatas, quando são traçadas as linhas a serem seguidas pela diplomacia vaticana no ano que se inicia.

“Renovo o meu apelo a todas as partes interessadas para que evitem um agravamento do conflito e mantenham acesa a chama do diálogo e do autocontrole”: este foi um dos trechos mais incisivos do discurso do Papa Francisco.

Incentivo para trabalhar pela Paz, com esperança

Logo no início de suas palavras, Francisco incentivou todos a trabalhar com esperança em favor da paz:
“Um novo ano se abre diante de nós e, como o vagido dum bebé recém-nascido, convida-nos à alegria e a assumir uma atitude de esperança.

Gostaria que esta palavra (esperança) – para os cristãos, é uma virtude fundamental – animasse o olhar com que sondamos o tempo que está diante de nós.

Obviamente, esperar exige realismo.

Exige que se tenha consciência das numerosas questões que afligem os nossos dias e dos desafios à nossa frente. Exige que se chamem os problemas pelo nome e se tenha a coragem de enfrentá-los.

Exige não esquecer que a comunidade humana traz consigo os sinais e feridas das guerras que têm vindo a suceder-se com crescente capacidade destruidora ao longo do tempo e não cessam de atingir especialmente os mais pobres e os mais frágeis.

Infelizmente, o novo ano aparece-nos constelado não tanto de sinais encorajadores, como sobretudo duma intensificação de tensões e violências.”

Não cessar de esperar

“É precisamente à luz destas circunstâncias que não podemos cessar de esperar.

E esperar exige coragem. Exige que se tenha consciência de que o mal, o sofrimento e a morte não prevalecerão e que mesmo as questões mais complexas podem e devem ser enfrentadas e resolvidas. A esperança “é a virtude que nos coloca a caminho, dá asas para continuar, mesmo quando os obstáculos parecem intransponíveis”.

Com este espírito, vos recebo hoje, queridos Embaixadores, para vos formular os meus votos para o novo ano.

O apelo mais incisivo

“Infelizmente, o novo ano aparece-nos constelado não tanto de sinais encorajadores, como sobretudo de uma intensificação de tensões e violências.

É precisamente à luz destas circunstâncias que não podemos cessar de esperar. E esperar exige coragem.

O Papa falou da Paz e fez talvez o seu apelo mais incisivo assim se expressando:

“Renovo o meu apelo a todas as partes interessadas para que evitem um agravamento do conflito e mantenham acesa a chama do diálogo e do autocontrole”

Um olhar pelo mundo, pelos acontecimentos, pelas esperanças

Em sua longa análise dos acontecimentos e perspectivas para 2020, o Pontífice olhou para todo o mundo. Descreveu problemas, narrou realizações, expressou desejos para todos os povos e falou particularmente de algumas nações.

Sem dúvida um discurso longo, porém, abrangente e pormenorizado que expressou o desejo de que os pontos tratados fossem captados, compreendidos e executados. E que fossem assim não só o que foi dito com veemência, mas o que, discreta e diplomaticamente, figurou nas entrelinhas.

O texto completo do discurso do Papa Francisco pode ser lido em https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2020-01/discurso-papa-francisco-corpo-diplomatico.html
(JSG)

 

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