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Seminarista sequestrado é assassinado na Nigéria

Nigéria – Abuja (Segunda-feira, 03-02-2020, Gaudium Press) Um dos quatro seminaristas sequestrados no dia 08 de janeiro no Seminário Good Shepherd, em Kaduna, Nigéria, foi assassinado. A notícia foi confirmada pelo Bispo Sokoto, Dom Matthew Hassan Kukah.

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O nome do seminarista assassinado é Michael Nnadi, que tinha apenas 18 anos. Os outros três, Pius Kanwai (19), Peter Umenukor (23) e Stephen Amos (23), foram libertados entre os dias 19 e 31 de janeiro e estão recebendo assistência e tratamento médico. Os quatro estavam começando os estudos de filosofia.

“Com o coração entristecido, desejo informar que nosso amado filho Michael foi assassinado pelos bandidos em uma data que não podemos confirmar. Ele e a esposa de um médico foram arbitrariamente separados do grupo e finalizados. O reitor identificou o corpo do jovem na tarde de hoje”, afirmou o prelado através de um comunicado datado de 1º de fevereiro.

O anúncio do falecimento do seminarista foi adiado até a mãe de Michael Nnadi ser informada. “O Senhor sabe o que é melhor, vamos permanecer fortes e rezar pelo descanso de sua alma”, escreveu o Bispo de Sokoto.

Por volta de 270 seminaristas vivem no Seminário Good Shepherd, localizado em uma área “conhecida pelos grupos criminosos que prendem os viajantes sem nenhuma razão”. Em outubro, alunas e funcionários de uma escola próxima foram sequestrados, sendo libertados logo depois. Ainda em 2019, vários sacerdotes e seminaristas, foram sequestrados no país.

Dom Augustine Akubeze, Arcebispo da cidade de Benin e presidente da Conferência Episcopal da Nigéria, alertou para a forte insegurança existente em todo o país, em uma situação de gravidade sem precedentes.

Apesar dos seminários nigerianos possuírem muros de proteção, os mesmos não são suficientes para deter os ataques do Boko Haram, grupo extremista islâmico que, segundo informações da ONU, já causou mais de 35 mil vítimas.

“Se todos os seminários, mosteiros e conventos que acolhem religiosos tivessem câmeras, seria útil ao menos para capturar alguns terroristas”, afirmou Dom Akubeze. Entretanto, a Igreja local possui recursos limitados, sendo inclusive obrigada a pagar pela proteção da polícia durante as Missas de domingo. (EPC)

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