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Bispo pede para que se evite aplausos durante as Missas

Filipinas – Manila (Quinta-feira, 27-02-2020, Gaudium Press) Através de uma declaração especial, o Arcebispo de Lingayen-Dagupan, Filipinas, Dom Sócrates Villegas, fez um chamado a uma “abstinência” particular: a de evitar qualquer forma de aplauso durante as Missas. O prelado recordou que a Missa é a atualização do sacrifício de Cristo na Cruz e pediu para que se manifeste durante a mesma de uma forma que não perca o significado da Liturgia e Adoração.

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“A Quarta-feira de Cinzas, que abre a temporada de Quaresma, nos oferece uma boa ocasião para refletir sobre o valor e a importância da sobriedade, o silêncio e a moderação na busca da santidade da vida”, expôs Dom Villegas em sua declaração, na qual pediu avaliar o gesto do aplauso, presente em algumas Missas locais. “Aplaudir é o antídoto contra o tédio na igreja? Aplaudir no meio da homilia ou depois dela é um sinal de vitalidade litúrgica? Não é esse tédio proveniente de um mal entendido de adoração e oração?”, questionou. “A comunidade de oração se converte em uma audiência que necessita de entretenimento; os ministros litúrgicos se convertem em artistas ou intérpretes; e os pregadores se convertem em professores de brindes eruditos. Não deveria ser assim”.

O prelado recordou que o centro da Eucaristia deve ser Deus e não as realizações humanas e que o aplauso não é um gesto apropriado para motivar os sacerdotes e outros fiéis, como os que fazem doações em benefício da Igreja. “Ao invés de promover um sentimento de satisfação pelo ministério litúrgico bem sucedido, guiemos nosso povo a aspirar a diminuir para que o Senhor possa aumentar”, propôs o Arcebispo. “Nas orações públicas e na liturgia, a autoconsciência deve inclinar-se diante da consciência de Deus. Somos uma Igreja unida por Deus, não um clube de admiração mútua auto-organizado”.

De maneira concreta, Dom Villegas pediu aos sacerdotes que evitem o uso de aplausos para manter a atenção dos fiéis durante a homilia. “Uma homilia bem preparada, breve, inspirada e inspiradora tem uma vida útil mais longa do que aplausos intermitentes enquanto se prega”, recordou o Arcebispo. Da mesma forma, ele proibiu a menção de benfeitores nas Eucaristias. Agradecimentos devem ser feitos em outros espaços: “Concentre-se em Deus e somente a Ele seja a glória”.

“Não me aplaudam depois da Missa quando visito sua paróquia ou capela. Vocês e eu somos convidados na Casa de Deus. Somos apenas garçons na mesa do Mestre”, declarou o prelado. “A Eucaristia é uma festa feliz e um memorial do Calvário. Quem teria aplaudido no Calvário? Teriam aplaudido a Santíssima Mãe e João, o Amado? O partir do pão é uma comemoração da morte violenta pela qual o Senhor passou. Quem aplaude enquanto os outros sofrem? É dor com amor; sim, mas ainda dói”. O Arcebispo pediu para manter a sobriedade durante o tempo de Quaresma e expressou seu desejo de que “essa abstinência de aplausos flua para os outros dias do ano. Que, em todas as coisas, somente Deus e somente Ele pode ser glorificado!”. (EPC)

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