Gaudium news > Arcebispo de Madri lamenta decisão sobre retirada de crucifixos na Espanha

Arcebispo de Madri lamenta decisão sobre retirada de crucifixos na Espanha

Madri (Segunda, 07-12-2009, Gaudium Press) O cardeal arcebispo de Madri e presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEE), dom Antonio María Rouco, disse esperar que a decisão de retirar o crucifixo das escolas “não tenha efeito” e declarou que essa atitude “priva as famílias e crianças espanholas o poder de ver o sinal mais fundamental e característico da fé”.

Dom Rouco se refere à proposta apresentada ao Congresso espanhol que propõe aplicar, em todas as escolas do país, a decisão do Tribunal de Estrasburgo que assegurou que os crucifixos nas salas de aula na Itália são “uma violação dos direitos dos pais em educar o seus filhos segundo suas convicções”.

Para o prelado, o crucifixo não é somente “um sinal apenas religioso”, mas sim um “sinal de humanismo que fez transpirar ao mundo inteiro os valores fundamentais como o perdão, a misericórdia”.

O que é mais preocupante, segundo o arcebispo de Madri, é a forma como a decisão foi tomada, pois “a democracia funciona com a liberdade e não com a imposição, facilitando que possam ser exercidos os direitos e não limitá-los e restringi-los”.

O vice-presidente da CEE, dom Ricardo Blazquez, também se pronunciou sobre o assunto ao afirmar que o crucifixo “é um sinal religioso de nossa história e nossa cultura” e que temos que aceitá-la. Nesse sentido, a “solução para a convivência de uma sociedade plural é o respeito e não o vazio”.

A secretária da Província Eclesiástica de Madri e membro do Conselho Escolar do Estado, María Rosa de La Cierva assinalou também que “a cruz é um sinal de fé da cultura da Espanha” e que não “podemos prescindir sem desse âmbito cultural e religioso”.

María Rosa classificou a decisão do Congresso sobre os crucifixos de “surpreendentes” e “lamentáveis” ao dizer que, “na democracia que estamos vivendo, as coisas não podem se impostas pelo voto de alguns”.

Com relação à decisão do Tribunal de Estrasburgo, a secretária afirmou que “impor” essa decisão aos colégios é uma “ignorância” porque estes devem um “respeito aos valores e seus sinais”.

Ao final, María Rosa ressaltou que “nós, católicos, estamos dispostos a sofrer o martírio, mas não renunciaremos às nossas convicções”.

 

Deixe seu comentário

Notícias Relacionadas