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Bento XVI pede mais liberdade para a Igreja em Cuba

Cidade do Vaticano (Quinta, 10-12-2009, Gaudium Press) O novo embaixador de Cuba ante a Santa Sé, Eduardo Delgado Bermúdez, apresentou hoje pela manhã suas credenciais ao Papa Bento XVI. A solenidade de apresentação das cartas credenciais dos embaixadores ao pontífice é praxe no Vaticano para oficializar o início dos trabalhos do diplomata. O tema dos discursos na audiência de hoje foi a situação econômica da ilha e a questão da liberdade de culto dos católicos cubanos.

Em 2010, completam-se 75 anos do início das relações entre Vaticano e Cuba. E em 2012, será comemorado o 400º aniversário da presença da Virgen de la Caridad, padroeira de Cuba.

O embaixador e o Santo Padre saudaram o desenvolvimento da colaboração entre Cuba e os Estados Unidos. “Entre ilusões e dificuldades, Cuba alcançou um decisivo protagonismo, principalmente no contexto econômico e político do Caribe e da América Latina. Alguns sinais de distensão em suas relações com o vizinho Estados Unidos deixaram pressagiar novas oportunidades para uma aproximação mutuamente benéfica, com pleno respeito à soberania e o direito dos Estados e de seus cidadãos”, disse Bento XVI ao receber o diplomata.

O pontífice falou ainda da importância de se superar as consequências da crise econômica mundial e da necessidade da proteção do meio ambiente.

Após o período em que qualquer manifestação de fé era proibida, a situação em Cuba se altera. Sobretudo, um grande passo na liberdade da Igreja em Cuba foi conseguido depois da viagem de João Paulo II à ilha em janeiro de 1988. Era a primeira visita de um pontífice a Cuba. Dez anos depois, a ilha foi visitada pelo secretário de Estado cardeal Tarciso Bertone.

“Espero que sigam multiplicando os sinais concretos da abertura do exercício da liberdade religiosa, tal como se vem fazendo nos últimos anos, como, por exemplo, a oportunidade de celebrar a Santa Missa em alguns cárceres, a realização de procissões religiosas, a reparação e devolução de alguns templos e a construção de algumas casas religiosas, ou a possibilidade de contar com seguro social para os sacerdotes e religiosos. Assim, a comunidade católica exercerá com mais desenvoltura sua específica tarefa pastoral”, afirmou Bento XVI.

O novo embaixador ressaltou a contribuição da Igreja Católica no país. Segundo ele, as relações em Cuba são “caracterizadas pela existência de uma comunicação direta, fluida e respeitosa; ao par que se aprecia com alta estima a contribuição aos programas de assistência social e de ajuda humanitária que as autoridades cubanas realizam em benefício do povo, especialmente os que se referem ao cuidado dos idosos”.

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