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Presidente do Pontifício Conselho para os Leigos apresenta “novo estilo de colaboração” entre sacerdotes e leigos

Roma (Quarta, 03-02-2010, Gaudium Press) O presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, Cardeal Stanislaw Rylko, apresentou em seu discurso proferido na semana passada, no quinto Colóquio de Roma, o que chamou de um “novo estilo de colaboração” entre sacerdotes e leigos nos movimentos eclesiais e nas novas comunidades, discutindo os benefícios que pode trazer para Igreja. O quinto Colóquio de Roma foi organizado pela Comunidade dell’Emmanuele e pelo Instituto Universitário Pierre Goursat (IUPG), em colaboração com o Instituto Pontifício “Redemptor Hominis” que, neste ano, teve como tema “Sacerdotes e leigos na missão”.

De acordo com o cardeal, esse “novo estilo” de colaboração entre sacerdotes e leigos pressupõe que os presbíteros devem reconhecer a “identidade própria” dos fiéis leigos e os “valorizar efetivamente em sua missão na Igreja e mundo”.

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Cardeal Rylko: novo estilo de colaboração entre sacerdotes e leigos

“Esse novo estilo de colaboração pressupõe que os presbíteros reconheçam a identidade própria dos fiéis leigos e os valorizem efetivamente em sua missão na Igreja e no mundo, evitando assumir, por um lado, atitudes paternalistas ou autoritárias no governo das comunidades paroquiais e, por outro, uma falsa promoção das ações leigas sem respeitar sua vocação específica, o que poderia se tornar um álibi para não assumir os próprios deveres pastorais para com a comunidade cristã”, afirmou o prelado.

Este “novo estilo”, acrescentou, pede aos leigos um “vivo sentimento de pertença à Igreja assim como “a consciência de sua responsabilidade em dar sua contribuição para a vida e missão da Igreja, evitando ao mesmo tempo uma excessiva preocupação com os assuntos intra-eclesiais”.

No seu discurso, Cardeal Rylko alertou para o perigo “da armadilha de uma mentalidade hostil às instituições eclesiais, contaminada pela lógica mundana da luta pelo poder”.

Em nossos dias, continua o cardeal, o florescimento de movimentos eclesiais e novas comunidades “suscitam grande esperança”. Esses movimentos dão contorno a um “nós comunitário”, que passa a ser “um percurso pedagógico trilhado em comunhão no qual todos estão envolvidos”.

Por essa razão, esses novos movimentos e essas novas comunidades se tornaram as “verdadeiras oficinas” deste “novo estilo de colaboração” no serviço à missão evangelizadora da Igreja.

“O sacerdote deve saber acolher e interpretar a novidade destes novos dons carismáticos. Não devem ser vistos como um problema pastoral, mas como uma grande oportunidade de renovação de nossas comunidades paroquiais”, assinala o presidente do Pontifício Conselho para os Leigos.

O prelado enfatizou também que estes movimentos “não” concorrem com a paróquia e “nem” constituem uma alternativa às paróquias, mas que representam o contrário: representam uma “grande oportunidade que deve ser aproveitada porque todo ambiente no qual se formam cristãos maduros e conscientes de suas próprias vocações é útil à causa da Igreja e da paróquia”.

Por outro lado, Cardeal Rylko observa que o “caráter essencialmente leigo” desses movimentos eclesiais não elimina a “presença sacerdotal”, que constitui um “serviço prestado em pleno respeito à liberdade associativa dos fiéis leigos”.

Dessa maneira, os movimentos eclesiais e as novas comunidades precisam do “acompanhamento dos pastores”, missão essa “delicada” para a qual todos os “sacerdotes devem se preparar de modo adequado”.

Com relação ao Ano Sacerdotal vivido pela Igreja, o cardeal assinalou que isso representa uma “ótima oportunidade” dada aos pastores para ouvirem, com atenção, aquilo que o “Espírito Santo está dizendo à Igreja por meio destes dons carismáticos”.

Ao final do discurso, Cardeal Stanislaw Rylko recordou aos “cristãos cansados e desmotivados” e “as comunidades excessivamente voltadas para si mesmas”, que esses movimentos “lançam o desafio de uma Igreja corajosamente projetada em direção às novas fronteiras da evangelização”.

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