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Mundo moderno deve se interessar mais pelos pobres, pede o Papa

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Bento XVI recorda Santo Antônio de Pádua durante audiência geral

Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 10-02-2010, Gaudium Press) Depois de São Tomás de Aquino e São Francisco de Assis, Bento XVI continua sua catequese da Audiência Geral das sobre os grandes teólogos da cultura cristã da Idade Média dedicando-se a Santo Antônio de Pádua. No discurso de hoje aos fiéis reunidos na Sala Paulo VI, o Papa pediu mais atenção pelos pobres, uma das principais bandeiras do frade franciscano.

No campo da vida social, o santo português dedicou-se aos pobres e aos doentes de seu tempo, no qual, apesar de um renascer econômico, o número de necessitados aumentava. Aos ricos ele pedia que acolhessem os pobres em suas casas. “É um exemplo da atenção aos necessitados a ser seguido também no nosso mundo moderno atingido pela crise econômica”, exortou Bento XVI.

Citando uma das obras mais importantes do frade franciscano português, “Sermões”, escrita no último período de sua vida, onde o santo propõe um verdadeiro itinerário de vida cristã e discorre sobre o valor das orações, o Papa lembrou que “somente uma alma que reza pode fazer progresso na vida espiritual”.

Nessa obra, explica Bento XVI, Santo Antonio descreve a oração como uma relação de amor que está dividida em quatro estágios essenciais: abrir confiadamente o próprio coração a Deus; falar afetuosamente com Ele; apresentar-Lhe as nossas necessidades; louvá-Lo e agradecê-Lo.

Na síntese em língua portuguesa da catequese, o Santo Padre definiu Santo Antônio como “dotado de grande inteligência, equilíbrio, zelo apostólico e fervor místico.” Disse também que o religioso dedicou-se “com interesse e solicitude” ao estudo da Bíblia e dos Pais da Igreja, “adquirindo aquela ciência teológica que colocou em ato na atividade de ensino e de pregação”.

“Foi o iniciador de um dos traços específicos da teologia franciscana, que é o papel atribuído ao amor divino, que entra na esfera dos afetos, da vontade, do coração e que é também a fonte da qual jorra um conhecimento espiritual que ultrapassa qualquer conhecimento”, elencou Bento XVI, Bento XVI, citando, logo em seguida, as palavras de Santo Antônio: “A caridade é a alma da fé, a torna viva; sem amor, a fé morre.”

Na conclusão de sua catequese, Bento XVI recordou a grande dedicação de Santo Antônio ao Menino Jesus e ao Crucifixo, que “lhe inspira pensamentos de reconhecimento a Deus e de estima pela dignidade da pessoa humana”.

Entre as 8 mil pessoas presentes esta manhã, que ocuparam a Sala Paulo VI, estiveram presentes grupos do Brasil – 86 visitantes de São Paulo, Rio de Janeiro e Ribeirão Preto, aos quais o Santo Padre dirigiu a saudação em português:

“Que esta visita aos lugares santificados pela pregação e martírio dos Apóstolos Pedro e Paulo possa confirmar a todos na fé, esperança e caridade. A Virgem Mãe vos acompanhe e proteja!”

 

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