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Em visita à Cáritas de Roma, Papa pede que todos redescubram a

Cidade do Vaticano (Segunda, 15-02-2010, Gaudium Press) O Papa Bento XVI visitou ontem, 14, as instalações da Cáritas diocesana de Roma, localizada na Estação Ferroviária Termini, no centro da capital italiana. Na ocasião, o Santo Padre encontrou os pobres, os marginalizados, além de médicos e voluntários, e afirmou que os cidadãos e as instituições devem redescobrir a “força da caridade”.

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Papa recebe crucifixo resturado da Igreja de São Pedro de Onna

Durante a visita, que durou cerca de uma hora, Bento XVI agradeceu aos médicos e voluntários que atuam na instituição, ajudando os pobres, os imigrantes, os ciganos e que acolhem a todos em todas as partes do mundo. O pontífice dirigiu um apelo às instituições: “Que o estado social não sofra injustos redimensionamentos e as faixas mais frágeis da população não sejam mortificadas”.

Para se promover uma pacífica convivência que ajude os homens a se reconhecerem como membros de uma única família humana, assinalou o Santo Padre, é importante que as “dimensões das doações e da gratuidade sejam redescobertas como elementos constitutivos da vida cotidiana e das relações interpessoais”.

Segundo Bento XVI, a “Igreja ama os pobres” e jamais os abandona porque ama todo homem por aquilo que é e não por aquilo que tem. Na visita, o pontífice foi acolhido com aplausos e coros de festas no albergue, onde conversou com alguns hóspedes.

No refeitório da Cáritas, após a benção da placa comemorativa do evento, o Papa recebeu a saudação do vigário para a diocese de Roma, Cardeal Agostino Vallini, que definiu a cáritas diocesana de Roma como uma “pequena aldeia da caridade no coração de Roma”.

Em seguida, Bento XVI recebeu o crucifixo restaurado da Igreja de São Pedro de Onna, devastada no terremoto que atingiu a região de Abruzzo em abril do ano passado. O crucifixo foi entregue ao Santo Padre por um hóspede do albergue “Don Luigi Di Liegro”.

Ao se dirigir aos pobres e marginalizados acolhidos pela Cáritas, Bento XVI ressaltou o amor profundo que a Igreja sente pelos excluídos e que “não os abandona porque reconhece no rosto de cada um o rosto de Jesus”.

“Ele quis identificar-se de modo totalmente particular com aqueles que se encontram na pobreza e na indigência”, disse o Santo Padre sobre Cristo. “O testemunho da caridade, que neste lugar encontra concretização especial, pertence à missão da Igreja juntamente com o anúncio da verdade do Evangelho”, continuou.

Em sua reflexão, o Santo Padre explicou que o homem não somente precisa ser alimentado materialmente ou ajudado a superar os momentos de dificuldades, mas também precisa saber “quem é e conhecer a verdade sobre si mesmo e sobre a sua dignidade”.

“A Igreja, com o seu serviço em favor dos pobres, está comprometida em anunciar a todos a verdade sobre o homem, que é amado por Deus, criado à sua imagem, redimido por Cristo e chamado à comunhão eterna com Ele”, afirmou o pontífice.

A visita de Bento XVI se insere na campanha do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE), que pediu aos bispos do continente que acompanhem as obras de caridade de suas dioceses.

 

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