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Australianos são os primeiros anglicanos a manifestarem adesão ao catolicismo

Sydney (Sexta-feira, 19-02-2010, Gaudium Press) Um grupo de religiosos anglicanos australianos poderá se tornar o primeiro caso de adesão coletiva à comunhão plena com a Igreja Católica após a publicação da constituição apostólica Anglicanorum Coetibus pelo Papa Bento XVI, informou a agência Zenit. A constituição, que estabelece as regras e facilita o reingresso de anglicanos que desejam voltar à comunhão com a Igreja Católica, foi publicada no dia 4 de novembro.

Trata-se da comunidade anglicana Foward in Faith. “Amo minha herança anglicana, mas não a perderei ao dar este passo”, assegurou o bispo anglicano David Robarts OAM, em entrevista ao jornal australiano The Daily Telegraph.

Segundo os anglicanos, a comunidade buscou permanecer fiel à tradição anglicana e rejeitou algumas modificações na doutrina da religião, dentre as quais o exercício do ministério sacerdotal e o bispado por parte das mulheres e a aprovação de alguns sacerdotes, bispos e líderes anglicanos abertamente homossexuais.

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Bispo David Robarts

“Procuramos, durante 25 anos, ter algum tipo de supervisão episcopal, mas não conseguimos (…). Já não somos realmente queridos, nossa consciência não foi respeitada”, desabafa o bispo.

Robarts afirmou que ele, seus fiéis e 200 membros decidiram aceitar a oportunidade de voltar à Igreja Católica através da Anglicanorum Coetibus porque as portas na igreja anglicana da Austrália lhes foram fechadas durante um longo tempo.

O bispo explica que os integrantes da comunidade, com a supervisão do bispo auxiliar de Melbourne, Dom Peter Elliot, e com a direção da Santa Sé, já começaram com os grupos de trabalho para estabelecer o primeiro ordinariato anglicano.

“Simplesmente estamos dizendo que fomos fiéis ao que os anglicanos acreditaram sempre e que não queremos mudar nada disso, mas nos marginalizaram devido àqueles que querem introduzir algumas ‘inovações’.”, disse o bispo David Robarts. “Precisamos ter bispos que acreditem naquilo que nós acreditamos”, concluiu.

 

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