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Integrantes de setores da proteção civil da Itália são recebidos por Bento XVI no Vaticano

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Papa é cumprimentado pelo chefe do Departamento da Proteção Civil, Guido Bertolaso

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 06-03-2010, Gaudium Press) Neste sábado, o Papa Bento XVI recebeu na Sala Paulo VI do Vaticano representantes de diferentes setores que trabalham nos serviços de proteção civil da Itália. “Sem o voluntariado, o bem comum e a sociedade não podem durar muito tempo, uma vez que o progresso e a dignidade de ambos dependem em larga medida das pessoas que fazem mais que o seu estreito dever”, declarou o Papa aos presentes.

O encontro, na presença de mais de 7 mil pessoas, se desenvolveu em uma atmosfera de lembranças pelo terremoto do dia 6 de abril do ano passado, que atingiu fortemente a região de Abruzzo na Itália. Os integrantes da Defesa Civil estavam acompanhados do subsecretário para a Presidência do Conselho dos Ministros Italianos, e chefe do Departamento da Proteção Civil, Guido Bertolaso.

Comovido, o subsecretário Bertolaso lembrou em sua saudação ao Santo Padre a visita do pontífice à região de Abruzzo no dia 28 de abril – apenas duas semanas após o tremor – e sobre a atuação da defesa civil nos serviços de alívio. Para ele, a presença do Papa no Quartel de Emergência instalado em Abruzzo foi um “testemunho explícito e vivo da sua oração, de sua proximidade com os moradores e vítimas do terremoto e com todos os demais que ali estavam para partilhar, ajudar e socorrer quem mais precisava”.

Italianos, observa o chefe do Departamento da Defesa Civil, estão sempre prontos para “levar o testemunho da nossa capacidade de ajuda, do nosso estilo de intervenção humilde e concreto, do nosso “ser italiano”, capazes de solidariedade em toda parte do mundo”.

Ao se dirigir aos presentes, o Papa disse apreciar o trabalho da proteção civil. Trata-se, afirmou Bento XVI, “de uma contribuição pontual e meritória para a realização do bem comum, que representa sempre o horizonte da convivência humana também, e sobretudo, nos momentos de grandes provações”.

Segundo o Papa, a proteção civil realiza na sua missão o exemplo evangélico do Bom Samaritano, “que vai além da emergência e visa à retomada da normalidade”. Citando parte de sua encíclica “Deus Caritas est”, Bento XVI recordou a importância do amor no serviço às sociedades. “Haverá sempre sofrimento que necessita de consolo, de ajuda. Sempre haverá solidão. Sempre haverá também situações de necessidade material nas quais é indispensável um auxílio na linha de um concreto amor ao próximo”.

Os voluntários foram definidos pelo Santo Padre como “ícones vivos do Bom Samaritano”. “Quem ama e serve gratuitamente o outro como próximo, vive e age segundo o Evangelho e toma parte na missão da Igreja, que sempre olha o homem por inteiro e quer fazê-lo sentir o amor de Deus”, reiterou o Papa.

Junto com a Defesa Civil, estavam também no encontro representantes dos bombeiros, da Cruz Vermelha, das Forças Armadas, das Forças de Ordem, do Corpo Florestal do Estado, das estruturas do serviço de saúde nacional italiano, da equipe de socorro alpino, da comunidade científica e de vários outros componentes do sistema nacional de proteção civil que trabalharam em Abruzzo logo após o sisma.

Além da audiência com o Papa, a visita da Defesa Civil ao Vaticano contou com uma pequena parada para oração junto à tumba de João Paulo II e, pela tarde, com uma Missa na Basílica de São Pedro, presidida pelo cardeal Angelo Comastri.

 

 

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