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“Cada cristão é uma testemunha da Ressurreição”, afirma bispo de Blumenau (SC)

Blumenau (Quarta-feira, 31-03-2010, Gaudium Press) “O ressuscitado enviou os seus discípulos como testemunhas de sua ressurreição e Cristo, ao sofrer e ressuscitar dos mortos, anunciou a conversão para o perdão dos pecados. O evangelista Lucas destaca: vós sois testemunhas dessas coisas”, com essas palavras, Dom José Negri, bispo diocesano de Blumenau (SC), inicia seu artigo sobre a páscoa. Além de afirmar que cada cristão é uma testemunha da ressurreição, ele destaca o exemplo de Maria Madalena e Estevão.

Para o bispo, Jesus consagra aqueles que passaram pelo escândalo da Cruz e que entenderam seu amor de crucificado, tornando-se, por isso, “testemunhas” de seu sacrifício e ressurreição. Mas ele questiona: quem são essas testemunhas? E em seguida responde: antes de tudo, são aqueles que viram e reconheceram os fatos ocorridos; aqueles que não apenas viram, mas entenderam o sentido das coisas vistas. “São, portanto, os que viram, entenderam e têm fé”, diz.

Dom José ressalta que também nós podemos nos tornar testemunhas do ressuscitado, na medida em que confirmarmos que a conversão e o perdão dos pecados aconteceram e são, antes de tudo, um fato de nossa história. Ele ainda salienta que existem várias maneiras de se testemunhar o ressuscitado.

E para reforçar essa ideia, o prelado cita o exemplo de Maria Madalena que, alcançada pela força do ressuscitado, encontra coragem para deixar para trás o seu passado e viver na luz dessa nova descoberta; isso a torna uma mulher que se doa e que faz de sua vida um anúncio de conversão. “Ela não se conforma por haver perdido o Mestre e passa a viver sua nova vida como testemunha de uma esperança que não morre”, observa.

Outro exemplo mencionado pelo bispo é o de Estevão, o primeiro a testemunhar Jesus até no martírio; como o apóstolo Tiago, irmão de João, morto pela espada. “Hoje, mais do que nunca, a Igreja necessita de testemunhas como eles, pois está atravessando um sério impasse. Muitas vezes é atacada por todos os lados e precisa de pessoas que falem por ela; a força que vem da ressurreição não pode deixar ninguém calado”.

Para esse tipo de testemunho, enfatiza dom José, é necessária a coragem da fé. Ele nos recorda que muito cedo para os discípulos de Cristo, o sofrimento e a morte, que os mártires suportaram nas suas lutas, se tornou a manifestação do poder da Ressurreição de Jesus.

“Para os que decidem seguir Jesus, a morte é sempre sinônimo de vitória, desde que seja uma vitória vivida na total confiança em Deus. Somente a fé nas Suas palavras e na Sua ressurreição e vitória final darão forças aos numerosos mártires de todos os tempos para suportarem as provas mais difíceis em nome do Ressuscitado, e até a morte”, analisa o bispo.

Por fim, Dom José lembra as palavras de João Paulo II, no início de seu pontificado: “O homem deve, então, correr o risco de uma situação desconhecida, o risco de ser mal visto, de se expor a conseqüências desagradáveis, injúrias, perdas materiais, perseguição… O Evangelho se dirige a homens fracos, mansos e humildes, operadores de paz e misericordiosos: mas ao mesmo tempo faz constante apelo à força. Repete: “Não tenham medo”! [11.11.78]

Não devemos ter medo, diz o bispo, porque Cristo ressuscitado estará sempre conosco, “Ele é a nossa força e a razão da nossa esperança”.

 

 

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