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Bento XVI ressalta no Ângelus importância do sacramento da Confissão

Cidade do Vaticano (Segunda, 16-02-2009, Gaudium Press) Diante de milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro na manhã deste domingo para acompanhar a benção dominical da oração do Ângelus, o papa Bento XVI falou sobre a importância do sacramento da Confissão. Segundo o pontífice, o sacramento precisa ser “redescoberto em sue valor e importância”.

A reflexão apresentada por Bento XVI foi ilustrada com uma passagem do Evangelho de São Marcos que descreve a cura milagrosa de um leproso. Segundo o relato de Marcos, Jesus promove a cura do doente que havia pedido para que o purificasse. Conforme a antiga lei hebraica, explicou o Papa, “a lepra era considerada não só uma doença, mas a mais grave forma de impureza para o culto”, que conduzia para o afastamento do doente da comunidade até que fosse contemplada uma eventual cura.

“A lepra por isso se constituía em uma espécie de morte religiosa e civil, e a sua cura, um tipo de ressurreição. Na lepra é possível divisar um símbolo do pecado, que é a verdadeira impureza do coração, capaz de afastar-nos de Deus. Em efeito, não é o mal físico da lepra – conforme a antiga denominação da doença – que nos separa de Deus, mas a culpa, o mal espiritual e moral. Da mesma forma – prosseguiu o papa em sua exposição – os pecados que cometemos nos afastam de Deus e, se não são confessados humildemente confiando na misericórdia divina, acarretam na morte da alma”.

Segundo o Santo Padre, o milagre da cura da lepra reveste-se de um grande simbolismo sobre a anulação do pecado. “Jesus, como havia profetizado Isaías, é o Servo do Senhor que ‘se encarregou dos nossos sofrimentos / se envolveu com as nossas dores’ (Is 53,4). Na sua paixão, tornar-se-á como um leproso, feito impuro pelos nossos pecados, separado de Deus: tudo isto fará por amor, a fim de obtermos a reconciliação, o perdão e a salvação”, explicou.

Ele sublinhou ainda como no sacramento da Penitência Cristo crucificado e ressuscitado mediante os seus apóstolos “nos purifica com a sua misericórdia infinita, nos restitui à comunhão com o Pai celeste e com os irmãos e nos faz dom do seu amor, do seu júbilo e da sua paz”.

E concluiu, fazendo um convite aos católicos: “Caros irmãos e irmãs, invoquemos a Virgem Maria, que Deus preservou de qualquer marca do pecado, a fim que nos ajude a evitar o pecado e a recorrer com frequência ao sacramento da Confissão, o sacramento do Perdão, que hoje deve ser redescoberto ainda mais no seu valor e na sua importância para a nossa vida cristã”.

 

 

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