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Artigo: Uma arma poderosa

São Paulo (Sexta-feira, 15-10-2010, Gaudium Press)

O calor ficou do lado de fora, como também o ruído.

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A luz do ambiente estava matizada. Lá entrei por uma curiosidade e já estava envolvido pela atmosfera de refrigério e paz. Senti-me, literalmente, transportado para outro mundo.

Comecei a observar as imagens, o altar e os lustres daquela capela dedicada a Santa Faustina, uma mártir dos primeiros séculos da cristandade. Meu olhar caiu sobre um grupo de senhoras que rezavam o terço.

Discretamente procurei analisá-las: pessoas sofridas que entoavam sucessivas ave-marias com muita fé.

A doce reza me embalava e ajudava-me a compreender como aquilo era agradável a Deus.

O rosário da Virgem Maria sempre antigo e sempre novo. Essa oração que foi objeto de uma carta apostólica – Rosarium Virginis Mariae – de Sua Santidade o Papa João Paulo II.

No documento o pontífice mostra que “ao sopro do Espírito de Deus se foi formando no segundo milênio”. Oração amada pelos Santos e estimulada pelo Magistério. Profunda e ao mesmo tempo singela e “destinada a produzir frutos de santidade”.

Toda ela mariana e inteiramente cristológica. Conserva como o cristianismo todo o frescor de seu nascimento e nada perdeu nesses mais de dois mil anos de história. É uma forma de falar de Cristo, falar não! “Gritar”, para o mundo a verdadeira fisionomia de nosso Salvador.

Em si reuni a oração vocal e a preciosa oração mental, concentrando no seu âmago a profundidade da mensagem evangélica, que Nosso Senhor Jesus Cristo veio trazer ao mundo.

Na sua recitação o povo fiel frequenta a escola de Maria. Vive com a Mãe de Deus os mistérios de sua vida e a de seu Divino Filho. Através dos mistérios gozosos, luminosos, dolorosos e gloriosos abebera-se da mais preciosa fonte de santidade: “Oração Maravilhosa!” “Maravilhosa na profundidade e na simplicidade”.

Reza-se em conjunto ou individualmente e os corações pedem pela Igreja, pelas nações, pelas famílias, pelas próprias necessidades. Experiência de amor e contemplação…

Esses pensamentos me vieram à mente enquanto, na pequena capela, era embalado pelas suaves e inocentes ave-marias daquele grupo de senhora.

Lucas Miguel Lihue

 

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