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Bento XVI celebra sua primeira missa na África em estádio lotado

Iaundê (Quinta, 19-03-2009, Gaudium Press) Milhares de pessoas estavam reunidas nesta quinta-feira no estádio Amadu Ahiyo de Iaundé, capital de Camarões, e outras tantas tentavam entrar no local para assistir a missa que o papa Bento XVI começou a celebrar pouco depois das 10h (6h no horário de Brasília). Esta é a primeira missa do pontífice no continente africano e foi motivada pela entrega do Instrumento de Trabalho – documento da II Assembléia Sinodal para a África, evento que acontece em outubro no Vaticano.

Conduzida por um coro de mais de 500 pessoas, a missa teve músicas e coreografias africanas, mas Bento XVI logo retomou características romanas da celebração, com o canto do “Prefácio” e do “Credo”.

Os policiais lutavam para conter a multidão que tentava entrar a base de empurrões no estádio. Entre as pessoas que tentavam entrar estavam militares uniformizados, religiosos em trajes litúrgicos e fiéis com fotos do papa.

O estádio tem capacidade para receber 60 mil pessoas – 45 mil nas arquibancadas e 15 mil na grama.

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Multidão no estádio Amadu Ahiyo para acompanhar missa de Bento XVI

Homilia

Depois da saudação do arcebispo de Iaundé, Dom Simon-Victor, o Santo Padre pronunciou sua homilia e voltou a dizer que a família “passa por um momento difícil”.

“Aqui neste país como no resto da África e nos outros continentes a família passa efetivamente um período difícil, que a sua fidelidade a Deus ajudará a superar. Alguns valores da vida tradicional foram perturbados. As relações entre as gerações alteraram-se de tal maneira que já não favorecem, como antes, a transmissão dos conhecimentos antigos e da sabedoria herdada dos antepassados”, afirmou o pontífice.

A qualidade dos vínculos familiares, explicou o papa, é profundamente afetada. Desenraizados e fragilizados, os membros das jovens gerações, muitas vezes sem um verdadeiro trabalho, procuram remédio para a sua vida infeliz, refugiando-se em paraísos efêmeros e artificiais importados, que nunca chegam a assegurar ao homem uma felicidade profunda e duradoura.

Depois, comemorou o esforço da África no trabalho religioso. “Quero aqui prestar homenagem, com admiração e reconhecimento, ao notável trabalho das inúmeras associações que encorajam a uma vida de fé e à prática da caridade. Deus as cumule de graças! Encontrem na Palavra de Deus um renovado vigor para levar a bom termo todos os seus projetos a serviço de um desenvolvimento integral da pessoa humana na África, especialmente em Camarões”.

 

 

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