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CNBB repudia ameaças sofridas por religiosa no Pará

Brasília (Segunda, 30-03-2009, Gaudium Press) O secretariado Regional Norte 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) criticou, em nota, as ameaças de morte que a coordenadora da Comissão de Justiça e Paz (CJP), Irmã Henriqueta Cavalcante, sofreu na última terça-feira, 24, por meio de um telefonema.

“O secretariado executivo do Regional Norte 2 interpreta a ameaça como um ato desesperado e como uma tentativa, não apenas de atingir a coordenadora da CJP, mas sim como uma forma de calar a voz da Igreja diante de sua incessante luta pela defesa da vida”, afirma, em nota, a secretária-executiva do Regional, Orlanda Rodrigues Alves.

“É sabido que a Igreja, seguidora e fiel às propostas de Jesus Cristo ‘que veio para que todos tenham vida e vida em abundância’ desempenha um papel profético na defesa e promoção da vida, denunciando toda forma de injustiça, especialmente quando é praticada por aqueles que deveriam lutar em favor da justiça”, salienta a nota.

A Comissão de Justiça e Paz (CJP) do Regional Norte 2 da CNBB, que compreende os estados do Pará e do Amapá, denunciou que sua coordenadora, Irmã Henriqueta Cavalcante, sofreu ameaças de morte por causa de sua atuação junto à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura denúncias de pedofilia no estado do Pará.

As investigações de abuso sexual de crianças e adolescentes recaem principalmente sobre algumas autoridades políticas do Pará e os movimentos sociais do estado – dos quais Irmã Henriqueta Cavalcante faz parte – têm se manifestado publicamente, cobrando apuração rigorosa e punição para os envolvidos.

“Atos como este podem ser vistos como atentados contra a própria comissão, já que ela tem se valido bastante das informações de fontes importantes como a religiosa”, afirmou o relator da CPI da Pedofilia da Assembleia Legislativa do Pará, deputado Arnaldo Jordy.

 

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