Gaudium news > Bento XVI fala sobre a fé e explica como vencer o desânimo

Bento XVI fala sobre a fé e explica como vencer o desânimo

Cidade do Vaticano (Quinta-feira, 22-12-2011,

2011-12-22T145503Z_1249293555_GM1E7CM1RRN01_RTRMADP_3_POPE.JPG
Papa Bento XVI cumprimenta cardeais da Cúria Romana

Gaudium Press) Um forte chamado a redescobrir a força motivante e a beleza da fé para reencontrar a alegria na própria vida. Este foi o tema central do discurso pronunciado pelo Papa Bento XVI na manhã desta quinta-feira durante a tradicional saudação natalina à Cúria Romana.

Aos cardeais o Santo Padre falou sobre a experiência da Jornada Mundial da Juventude em Madri no último verão europeu e da viagem apostólica feita ao Benin para a entrega da Exortação Apostólica “Afracae Munus”. “Encontrar esta fé pronta ao sacrifício e nele, alegre, é uma grande medicina contra o cansaço de ser cristão que vivemos na Europa”, disse o Papa aos presentes na Sala Clementina.

Como anunciar hoje o Evangelho? Como pode a fé, enquanto força viva e vital, tornar-se realidade hoje? São as perguntas formuladas pelo Papa no discurso sobre o estado da fé. “A Europa necessita a experiência da força motivante que é a fé que, através da renúncia e do sacrifício e o fortalecer a vontade. Mas sobre toda a fé que tras consigo a alegria de ser amado e aceito, pode se recuperar da crise enconômica, mas especialmente recupere uma ética cuja falta, põe em perigo o Velho Continente”,

Com motivação a saudação de Natal à Cúria Romana, o Santo Padre sempre faz um balanço do ano que está terminando na vida da Igreja Católica. No encontro desta quinta-feira, Bento XVI reiterou a urgência da Nova Evangelização que deve fazer frente a crise de fé que se expressa na falta de interesse dos jovens em participar da vida da igreja, em um estancamento no crescimento das vocações ao sacerdócio e um aumento do cetismo e da incredibilidade.

“O cerne da crise da Igreja na Europa, como disse em Friburgo, é a crise da fé. Se não encontrarmos uma resposta para esta crise, ou seja, se a fé não ganhar de novo vitalidade, tornando-se um convicção profunda e uma força real graças ao encontro com Jesus Cristo, permanecerão ineficazes todas as outras reformas”.

Para o Papa, o remédio contra a crise e a “fadiga” é uma fé “disposta ao sacrifiício e alegre” o que pôde ser percebido

2011-12-22T145546Z_209814995_GM1E7CM1QHW01_RTRMADP_3_POPE.JPG
Na saudação de Natal o Papa falou sobre a fé na Europa

 na Jornada Mundial da Juventude em Madri e na viagem apostólica ao Benin, na África.

“Apesar de todos os problemas, de todos os sofrimentos e penas que existem, sem dúvida, precisamente na África, sempre se palpava a alegria de ser cristão, o ser sustentado pela felicidade interior de conhecer Cristo e pertencer à sua Igreja. E desta alegria nascem também as energias para servir Cristo nas situações opressivas de sofrimento humano, para se colocar à sua disposição em vez de acomodar-se no próprio bem-estar”, afirmou o Pontífice.

Continuando com a reflexão sobre suas viagens ao Benin e a Madri, o Papa assinalou os cinco pontos do testemunho da fé dos jovens e dos africanos que são o “remédio” para o cansaço do “Velho Continente”. “Uma nova experiência do catolicismo, da universalidade da Igreja”, disse Bento XVI e reafirmou que estes jovens “doaram seu tempo e a força do próprio trabalho aos demais de maneira desinteressada: a adoração como um ato de fé: a penitência que expressa sua própria responsabilidade no perdão e, finalmente, a alegria que vem do fato de ser querido por Deus”.

O Santo Padre dá sequência ao seu discurso afirmando que “proveniente do Criador, existe no homem, a disponibilidade de amar e a capacidade para responder a Deus na fé”. O Pontífice quis reiterar que a missão principal de seu pontificado é levar a todos através da fé e a alegria de que Deus nos ama. A tendência contraria a este amor é o egoísmo e fechar-se em si mesmo é o mal que nos leva para baixo.

Bento XVI reafirmou a importância de ser aceito e amado, principalmente por Deus. Mas quando o homem perde o vínculo com Deus, vem a “dúvida”, que se traduz na falta de alegria, em tristeza interior que se pode ler em tantos rostos humanos. “Só a fé me dá esta certeza: É bom que eu exista; é bom existir como pessoa humana, mesmo em tempos difíceis. A fé faz-nos felizes a partir de dentro”.

A saudação de Natal à Cúria Romana é o útlimo evento importante antes da celebração do Natal no Vaticano. O próximo discurso será para os embaixadores credenciados na Santa Sé no próximo mês de janeiro. (L)

 

Deixe seu comentário

Notícias Relacionadas