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O momento de sofrimento pode se transformar em tempo de graça, diz o Papa em mensagem aos enfermos

Cidade do Vaticano (Terça-feira, 03-01-2012, Gaudium Press) Em preparação para a próximo Dia Mundial do Enfermo – a 20ª edição -, que será realizada no Santuário Mariano Attönting, na Alemanha, no dia 11 de fevereiro de 2013, o Papa Bento XVI redigiu uma mensagem em que destaca a importância dos “sacramentos de cura” na vida dos fiéis. O texto foi publicado nesta segunda-feira no site do Conselho Pontifício para a Pastoral da Saúde.

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Bento XVI destacou a importância da fé no processo de cura

“Na aceitação generosa e amorosa de toda a vida humana, especialmente dos debilitados e enfermos, o cristão expressa um aspecto importante de seu testemunho evangélico, a exemplo de Cristo, que se inclinou sobre o sofrimento material e espiritual do homem para curá-lo”. Assim escreveu Bento XVI sobre o tema do Dia Mundial do Enfermo, que é: “Levanta-te e vê-te, tua fé te salvou! (Lucas 17: 19)”.

Ainda a respeito do tema da 20ª edição do Dia Mundial do Enfermo, o Santo Padre explicou que se trata da afirmação feita por Jesus no Evangelho de São Lucas referente a cura de 10 leprosos. Conforme o Pontífice, esta assertiva de Cristo nos ajuda a “tomar consciência da importância da fé daqueles que, agoniados pelo sofrimento e pela enfermidade, se encontram próximos do Senhor”.

A fé no processo de cura
Em sua mensagem, o Papa Bento XVI destacou com veemência a importância da fé no processo de cura. “Quem, em seu próprio sofrimento e enfermidade, invoca o Senhor, tem a certeza que seu amor nunca lhe abandona, e que também o amor da Igreja, prolongamento no tempo de sua obra de salvação, nunca falha”, afirmou o pontífice, complementando: “A cura física, expressão da salvação mais profunda, revela assim a importância que o homem, em sua totalidade de alma e corpo, tem para o Senhor”.

Conforme Bento XVI, os “sacramentos de cura”, o da Penitência e da Unção dos Enfermos, nos ajudam a compreender a combinação entre a saúde física e a cura das feridas da alma. Para tanto, “a Igreja, continuando a proclamação do perdão e da reconciliação que Jesus fez ressoar, não deixa de convidar toda a humanidade a converter-se e a crer no Evangelho”, afirmou o pontífice.

“Além do mais”, complementou o Santo Padre, “com este binômio, saúde física-saúde da alma, a Igreja recorda a mensagem salvadora de Jesus, que “não veio para condenar, mas sim para perdoar e salvar, para dar esperança, inclusive na mais escura noite de sofrimento e de pecado, para dar vida eterna”.

Ainda sobre Jesus, o pontífice salienta que se trata do Deus misericordioso que “não fecha seu coração a nenhum de seus filhos, mas os espera, os contempla, os alcança lá onde a negativa da comunhão os encarcera no isolamento e na divisão, os chama a reunir ao redor de sua mesa, na alegria da festa do perdão e da reconciliação”.

Concluindo sua missiva, o Santo Padre afirma que “no momento do sofrimento em que poderia haver a tentação de ceder ao desalento e ao desespero, podem chegar a seu tempo a graça para voltar a entrar em si mesmo e, como o filho pródigo da parábola, repensar a própria vida, reconhecendo os erros e os fracasso, para sentir a nostalgia do abraço do Pai, e reempreender o caminho a sua casa. Ele, em seu grande amor, sempre, e de qualquer modo, vela por nossas vidas e nos espera para oferecer a cada filho que regressa a Ele o dom da reconciliação e da alegria”.

O Dia Mundial do Enfermo se celebra anualmente na festa de Nossa Senhora de Lourdes, padroeira dos enfermos. (BD)

 

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