Gaudium news > A Igreja é chamada a prosseguir na missão confiada a Cristo “no mundo” sem ser “do mundo”, diz Papa na audiência geral

A Igreja é chamada a prosseguir na missão confiada a Cristo “no mundo” sem ser “do mundo”, diz Papa na audiência geral

Cidade do Vaticano (Quinta-feira, 26-01-2012, Gaudium Press) Na audiência geral, o Santo Padre falou sobre a “Oração Sacerdotal” de Jesus na Última Ceia. A oração na qual “Jesus ora pela Igreja de todos os tempos” e “ora também por nós” , pela unidade de todos os seus discípulos.

A “Oração Sacerdotal” de Jesus é uma oração que foi feita poucas horas antes de seu sacrifício na cruz. Essa oração, explicou o Papa no início da catequese, se coloca na festa judaica da expiação, o Yom Kippur, do Sumo Sacerdote que “cumpre a expiação antes por si, depois pela classe sacerdotal, e enfim pela inteira comunidade do povo”.

Jesus retoma a estrutura desta festa em seus três aspectos – o da oração por “si mesmo” para entrar na mais plena obediência com o Pai, assim como “pelos apóstolos e por todos aqueles que acreditaram nEle, pela Igreja de todos os tempos (cfr Gv 17,20)” e pela sua consagração.

“O pedido central da oração sacerdotal de Jesus, dedicada a seus discípulos de todos os tempos, prosseguiu o Papa, é o da futura unidade de todos que acreditaram nEle”.

Jesus roga que eles “sejam uma só coisa”. Graças à essa unidade “recebida e conservada” a Igreja “pode caminhar ‘no mundo’ sem ser ‘do mundo’ e viver a missão confiada para que o mundo creia no Filho e no Pai que o mandou”.

O terceiro elemento da Oração sacerdotal é o “pedido de consagração”, isto é, de purificação, de “todos aqueles que serão levados à fé através da missão inaugurada pelos apóstolos e continuada na história”. Nesta oração se exprime a instituição da Igreja e a sua própria missão de ser “o lugar no qual continua a própria missão de Cristo: conduzir o “mundo” fora da alienação do homem de Deus e de si próprio, fora do pecado, para que retorne a ser o mundo de Deus”.

A oração de Jesus é também um convite para os cristãos de hoje: “na nossa oração pedimos a Deus que nos ajude a entrar, em modo mais pleno”, para “sermos ‘consagrados’ a Ele” para “podermos amar cada vez mais os outros, os próximos e os distantes” e para “sermos capazes de abrir a nossa oração às dimensões do mundo” e não somente “fechando-a no pedido de ajuda para os nossos problemas”.

Saudação em lingua portuguesa e casais
Na saudação em português, Bento XVI recordou a festa do dia e propôs “como modelo de vida o Apóstolo São Paulo, cuja conversão recordamos num abraço ideal que se alarga a todos os cristãos . Que os vossos corações, fortes na fé, possam servir sempre os amorosos desígnios de Deus”.

A audiência geral de hoje de manhã aconteceu em uma atmosfera muito familiar. Aos jovens casais o Papa pediu para educarem os “próprios filhos segundo a lógica do amor gratuito, sobre o modelo do amor de Deus pela humanidade”.

 

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