Vaticano publica mensagem do Papa para o Dia Mundial das Missões

Cidade do Vaticano (Quinta-feira, 26-01-2012, Gaudium Press) A necessidade e a urgência da evangelização “ad gentes” não é “uma contribuição facultativa”, mas o dever “único” e “insubstituível” que “deve envolver toda a atividade da Igreja particular” em “todos os seus setores” para dar “uma renovada adesão de fé pessoal e comunitária ao Evangelho de Jesus Cristo”. São as palavras do Papa Bento XVI contidas em sua Mensagem para o próximo Dia Mundial das Missões que acontecerá no domingo, dia 21 de outubro. O tema escolhido é o convite aos fiéis: “Chamados a fazer resplandecer a Palavra de verdade” da Carta apostólica “Porta fidei”. A Mensagem que traz a data de 6 de janeiro de 2012, dia da solenidade da Epifania do Senhor, foi publicado hoje em língua italiana pela Sala de Imprensa vaticana.

No próximo mês de outubro a Igreja católica viverá dois momentos particulares e significativos para a própria atividade pastoral e missionária: a abertura do Ano da Fé no dia 11 de outubro, justamente no aniversário da abertura do Concílio Ecumênico Vaticano II; e o Sínodo sobre a Nova Evangelização que acontecerá no Vaticano de 7 a 28 de outubro sobre o tema: “A Nova Evangelização para a transmissão da fé cristã”. Hoje foi publicada a Mensagem para o Dia Mundial das Missões que se coloca entre estes eventos;

“Como São Paulo, devemos ser atentos aos que estão distantes, aqueles que não conhecem ainda Cristo e não experimentaram a paternidade de Deus”, afirma na mensagem o Santo Padre, oferecendo as indicações concretas. Antes de tudo a Igreja Católica deve ser “consciente” e “constante” na própria missão do anúncio da Palavra de Deus. É chamada a “ler a história para detectar os problemas, as aspirações e as esperanças da humanidade” para entender que “Cristo deve sanar, purificar e preencher com sua presença”.

O Santo Padre volta também ao problema da “crise de fé” recordando na Mensagem que ela é “um dos obstáculo ao impulso da evangelização”. A Igreja é chamada a dar “o pão da vida e a água viva” da alegria do encontro com Jesus em resposta À “fome e sede de Deus” no mundo. A fé é um “dom e um mistério” a ser acolhido , a ser compartilhado e levado a todos.

“É necessário – propõe o Papa – renovar o entusiasmo de comunicar a fé para promover uma nova evangelização das comunidades e dos países de antiga tradição cristã, que estão perdendo a referência de Deus, de modo a redescobrir a alegria de crer”. Porque “a preocupação de evangelizar não deve jamais permanecer às margens da atividade eclesial e da vida pessoal do cristão, mas caracterizá-la fortemente, na consciência de serem destinatários e, ao mesmo tempo, missionários do Evangelho”.

A maneira mais explícita de dar testemunho de fé é principalmente a caridade, salienta Bento XVI agradecendo pelas Pontifícias Obras Missionárias realizadas em seu nome. A ação de evangelização deve, de fato, ser traduzida em “ajuda ao próximo, justiça para com os mais pobres, possibilidade de instrução nas mais distantes aldeias, assistência médica em lugares remotos, emancipação da miséria, reabilitação de quem está marginalizado, apoio ao desenvolvimento dos povos, superando as divisões étnicas e respeitando a vida em cada fase”.