Sacerdote jesuíta, apóstolo de Madagascar será canonizado

Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 24-02-2012, Gaudium Press) Beatificado pelo Papa Paulo VI em pleno Concílio Vaticano II, o Sacerdote jesuíta Jacques Berthieu, morto em Madagascar em 1896, será canonizado por Bento XVI em 21 de outubro desse ano.

Beato Jacques Berthieu

Berthieu nasceu em Ponminhac, na França, próximo de Aurilac, em uma família de proprietários agrícolas, sendo ordenado sacerdote da Diocese de Saint-Flor, em 21 de maio de 1864. Passou nove anos como vigário em Roanne-Saint-Mary.

Entrou para o noviciado da Companhia de Jesus, em Pau, aos 35 anos, e em 1875 foi enviado para Madagascar, ali desempenhando com perfeição seu ministério de evangelização.

Padre Jacques Berthieu assim descreveu sua missão a um sacerdote amigo: “Há 18 meses que estou a uma longa jornada de Tananarive, sem companheiro pela primeira vez na vida, tendo 18 lugares para atender numa vasta extensão. Eis-me aqui, portanto, missionário para tudo o que é bom e me formei para isso. As minhas forças diminuem, mas ainda posso montar bem a cavalo.

Uma vez por mês, na reunião dos padres, vou à capital para todos os assuntos. Não vai demorar muito. Eis aqui a minha vida em jogo.
Para resumir, este é o lugar onde o Reino de Deus sofre violência por parte de muitos inimigos, maus e poderosos”.

Os habitantes de Madagascar se revoltaram contra o jugo da nação francesa, o que fez eclodirem rebeliões, que tão logo foram reprimidas. Em uma dessas rebeliões, a de 1896, os Menalambas se revoltaram buscando não apenas a expulsão dos Europeus, mas sobretudo a destruição da Religião Católica.

Refugiado em um vilarejo de Ambonhibesoandro, Padre Berthieu foi capturado, espancado e levado para Ambiatibé.

“Prefiro morrer!”, dizia o sacerdote francês aos seus algozes que o induziam a apostasia. Foi fuzilado, na noite de 8 de junho de 1896, enquanto rezava pelos seus perseguidores. Seu corpo foi jogado no rio Mananara. (EPC)

Com informações da Rádio Vaticano.